quarta-feira, 26 de julho de 2017

Grandes vultos: Floriano Peixoto - Parte 07.

Eduardo VII

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
FLORIANO PEIXOTO – PARTE 07
No começo da revolta da Armada ninguém ousava crer na vitória de Floriano, salvo o próprio Floriano – conforme atrás ficou dito. Era, então, nosso ministro em Londres, Sousa Corrêa, íntimo do príncipe de Gales, o futuro Eduardo VII. Judeu por parte de mãe, Sousa Corrêa dava-se muito com os Rotschild. No dia 25 de novembro de 1893, mandou Floriano o seguinte telegrama:
“Hoje Rotschild informa confidencialmente Estados Unidos dispostos oferecer bons oficios ao Governo caso V. Excia. autorize me declarar a Rotschild que Governo aceita mediação americana. Posso acreditar Rotschild poderão conseguir oferta positiva indecorosa por motivos expostos meu telegrama ministro Fazenda quatro novembro. Seria garantia segura manter no futuro instituições constitucionais. Caso Governo possa vencer breve, mediação seria desprezada. Vitoria completa Governo, se demorada, importará sempre pesados sacrifícios no porvir, grandes ódios no país, profunda dissenção entre Exército e Marinha. Rogo V. Excia. digne-se responder com possível brevidade.”
Floriano respondeu secamente:
“O Governo do Brasil não entretém relações com os srs. N. M. Rotschild & Sons senão como devedor em face de credores”
Nada mais. Nem muito obrigado pelas suas boas intenções, nem cumprimentos cordiais – nada. Sousa Corrêa esfriou.
Após a capitulação de Saldanha da Gama e Custódio José de Melo, os Rotschild voltaram à carga telegrafando ao ministro da Fazenda (Felisberto Freire):
“Sabemos que os oficiais rebeldes, tendo tomado refúgio a bordo dos navios de guerra portugueses, o governo brasileiro está desejoso de que o governo   inglês, de acordo com os outros governos europeus, use de sua influência em Lisboa para entrega dos ditos rebeldes. Nestas circunstâncias esperamos ter o direito de dizer a V. Excia. e ao Presidente da Eduardo VIIRepública Brasileira que a esquadra inglesa nunca entregaria refugiados, uma vez abrigados nos navios de S.M. E temos muita razão para acreditar, portanto, que o governo inglês não só não queira aconselhar Portugal a agir de modo diverso como venha a sustentá-lo em sua recusa em entregá-los.
Continua

 
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