quarta-feira, 8 de março de 2017

Grandes vultos: Tobias Barreto - Parte 16.

Sílvio Romero


GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
TOBIAS BARRETO – PARTE 16.
Não foi longo o tempo que ocupou a cátedra da Academia de Direito. A doença, implacável, o abateria sete anos depois de sua conquista. Os últimos anos de sua vida foram de lutas inauditas e de ataques mesquinhos. A seu amigo Sílvio Romero, escrevia:
“Devo preveni-lo de uma coisa: se lhe mandarem alguma notícia ou telegrama, dando-me como morto, não aceite logo. Há por aqui gente encarregada de espalhar falsas notícias neste sentido, a fim, não só de incomodar-me como dificultar a arrecadação das subscrições”.
O ilustre brasileiro estava reduzido à mais dura miséria. Melhor do que qualquer descrição, fala esta carta, também enviada a Sílvio Romero:
“Acabo de receber sua carta e vejo o que me diz a respeito do 7 de junho. É engano seu: eu não me restabeleço mais; a moléstia tem sido rebelde; único remédio é morrer.
Como estou reduzido a proporções de pensionista da caridade pública, e me fala nisto em sua carta, peço-lhe que dê pressa às entradas das contribuições de sua lista, visto como os meus últimos recursos estão se esgotando.
Faço votos pelo seu restabelecimento e adeus; quem assina por mim é o meu Pedro.
Do velho amigo
Tobias.”
Esta carta é de 19 de junho de 1889. Sete dias após, Tobias morria.
Quando Clóvis em Juristas Filósofos, acentua que suas dificuldades atenuaram no declínio de sua existência, evidentemente não podia se referir ao fim de sua existência, que foi penosa.
No período da Escada, Haeckel disse que Tobias lhe parecia pertencer à raça dos grandes pensadores. Isto, já naquela época. Depois do concurso de 1882, poderia afirmar: pertence à raça dos grandes pensadores.
Continua…
BRASIL BANDECCHI
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