quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Literatura Brasileira - Parte 21.



  
HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA BRASILEIRA – PARTE 21


Nosso Grupo parnasiano: Raimundo Corrêa, Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Vicente de Carvalho, Luís Murat, Luís Delfino, Guimarães Passos, Emílio de Menezes, Augusto de Lima, Filinto de Almeida, Goulart de Andrade, Magalhães de Azevedo, Amadeu Amaral, Francisca Júlia, Luís Carlos, Luís Edmundo, Martins Fontes, Hermes Fontes, Raul de Leoni etc. – nem sempre obedeceu aos cânones rígidos da Escola, como se deu com Vicente de Carvalho, em cujos Poemas e Cancões o lirismo é despido de qualquer impassibilidade; com Raul de Leoni, bem posteriormente, em cuja Luz Mediterrânea, o poeta, de tendências filosofantes, chega a destoar completamente dessa impassibilidade.

Vicente de Carvalho
A maioria deles valorizou o soneto e o verso alexandrinos. Em certos sonetos de Alberto de Oliveira, as inversões são tão admiráveis, que provam nele uma indefectível intuição idiomática, o domínio da sintaxe clássica, a concepção de arte moldada no trabalho artesanal, na euritmia do verso, em todos os seus aspectos. Bilac, mestre do decassílabo e do alexandrino, a mais completa personalidade de sonetista em língua portuguesa no Brasil, faz de suas meditações temáticas, realizadas com elegância e clareza, a essência de uma forma em que as palavras são sempre exatas e eleitas. Na sua “concepção voluptuosa da vida”, como dele disse Ronald de Carvalho, está o poeta de amor lírico e sensual mais importante da literatura em língua portuguesa.

Seguindo seu curso histórico, a Literatura Brasileira, na década de 80, assiste ao advento da estética simbolista, procedente da França, e que aportava não só com influências filosóficas bem delineadas, mas também com uma consciência artística em plena realização. O simbolismo nasceu na atmosfera mental antipositivista dos fins do século XIX. A Filosofia do Inconsciente (1877), de Hartmann e o pessimismo de Schopenhauer formam a substância ideativa do Simbolismo, em que se amalgamam valores psicológicos e valores estéticos, elementos míticos ou irracionais e elementos formais ou expressivos disciplinados.

Como o próprio nome no-lo indica, é no símbolo que esta corrente literária se esteia. Em 1891, Mallarmé foi claro: “Nomear um objeto é suprimir três quartas partes do gozo do poema, gozo que consiste em adivinhar pouco a pouco; sugerir, eis o sonho. O perfeito uso deste mistério constitui o símbolo; evocar pouco a pouco um objeto para mostrar um estado de alma ou, inversamente, escolher um objeto e desprender dele um estado de alma, mediante uma série de decifrações...”

Ob: Com relação as informações históricas e geográficas contidas neste post, favor considerar a época da edição do livro/fonte.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7. 

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4 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Mais um excelente texto que nos dá a conhecer grandes vultos da literatura brasileira. De alguns eu nunca tinha ouvido sequer o nome.
Um abraço e feliz dia.

Andre Mansim disse...

Bela postagem mais uma vez!
Tem gente que acha que escrever é só teclar qualquer coisa que tá bom.
Bem... Na verdade é isso mesmo, mas escrever com qualidade, e sabendo o que se escreve, como esses poetas do passado faziam, não é pra qualquer um.

Obrigado pela visita em meu blog!

Mariazita disse...

Olá, Furtado
Mais uma óptima partilha, desta vez sobre esses grandes nomes da literatura brasileira.
É muito proveitoso, para além de agradável, vir aqui colher toda esta informação.
______

Muito obrigada pela visita e parabéns à minha "CASA".
Suas palavras, sempre gentis e carinhosas, fazem bem ao meu ego e à minha alma.

Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

CÉU disse...

Olá, Rosemildo!

Ora, começa seu post com a lista de poetas e escritores parnasianos brasileiros, e que foram muitos. Quase todos seguiram as mesmas "linhas", mas Vicente de carvalho foi diferente na forma e conteúdo de poetar.

O simbolismo brasileiro e em geral valorizou as atitudes mentais de cariz anti positivista, ou seja pessimismo quanto baste e inconsciente sempre funcionando. Acho k foi uma corrente literária, um pensamento, uns anos de "loucura" e Schopenhauer foi "número um" nessa "onda".

Tudo de bom. Beijos!

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