quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Literatura Brasileira - Parte - 04.




HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA BRASILEIRA – PARTE 04
 
Gregório de Matos, desse modo, foi um escritor necessário a esse século, o XVII, no qual o Brasil-Colônia, numa lenta estruturação social, assistiu a acontecimentos que o marcaram historicamente, como as invasões estrangeiras (francesa e holandesa), a fusão de povos para uma variação étnica, o desenvolvimento da lavoura e da criação de gado a par do florescimento da indústria e do comércio da cana-de-açúcar – um e outro tendentes à formação de uma aristocracia rural, a expressão territorial das bandeiras, a fixação dos costumes que o luxo e a ostentação muitas vezes exacerbavam, e que isso mesmo, eram denunciados e zurzidos pela sátira de Gregório...
Eusébio de Matos
A Bahia do tempo é sede do Governo Geral. Também centro literário, para onde convergem os jovens cujas famílias os mandaram a Coimbra estudar. No Colégio e no Seminário dos Jesuítas, formaram-se os grandes oradores sacros do tempo, como o padre Eusébio de Matos, autor de Ecce Homo e lídimo discípulo de Vieira. Ecce Homo é uma das mais perfeitas peças oratórias de nossa parenética.
 
Não é, contudo, apenas a obra poética de Gregório que valoriza, literariamente, o século XVII do Brasil-Colônia! Obras como o Diálogo das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão; a História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador; a Música do Parnaso, de Manuel Botelho de Oliveira – fazem, nessa época, da Bahia um legítimo núcleo de cultura.
 
A primeira dessas obras, conquanto escrita por um português, aqui aportado na função de coletor de impostos, o qual Rodolfo Garcia, diante de inúmeras controvérsias, especificou o verdadeiro autor, importa-nos pelas observações acerca da natureza brasileira (recursos vegetais, minerais e animais); de instituições e costumes do tempo, enfim: observações que promanam da dialogação entre Brandônio e Alviano, as duas personagens do livro. A História do Brasil, de Frei Vicente de Salvador, baiano, franciscano, forma, com a obra satírica de Gregório, uma documentação visual do tempo. Frei Vicente assistiu a primeira invasão holandesa no Brasil (Bahia). Sua obra transcorre de 1500 a 1627, início dessa invasão, e só foi publicada em 1888, o que quer dizer: permaneceu inédita até o século XIX.

Ob: Com relação as informações históricas e geográficas contidas neste post, favor considerar a época da edição do livro/fonte. 
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.
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9 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Mais de 200 anos para publicar uma obra, é coisa rara na literatura mundial, não?
Um abraço

CÉU disse...

Olá, Rosemildo!

Tudo bem?

Agradeço a indicação daquele medicamento para dores reumáticas. Eu não tenho tensão/pressão arterial alta, até tende para descer. Ando pelos 11/12 de máxima, 5/6 de mínima, mas tenho um estômago mega sensível, e remédios para atenuar dores, sempre fazem mal a esse órgão, mesmo fazendo, em jejum, protetor gástrico. Tenho k perguntar a um médico, meu amigo, estudámos juntos, o ele pensa do produto k você me indicou, k julgo ser o princípio ativo.

Agradeço, também, sua passagem e gentis palavras em meu blog, mas tenho de confessar, e mais uma vez, que não sei nada de Literatura Brasileira e k nunca ouvi falar desses nomes. Mesmo falando de Jesuítas, de Brasil colónia, "só sei k nada sei", assim dizia o filósofo Sócrates.
Entendo o k você escreveu, se baseando, textualmente, e sempre na mesma obra, mas COMENTAR, MEU LINDO AMIGO, EU NÃO CONSIGO, PKE EU NÃO TENHO CONHECIMENTOS PARA TAL. Tenho de pesquisar, para me inteirar, razoavelmente desses factos.

Da leitura desse post, concluí k a Bahia foi e é uma cidade de gente mto ligada à cultura. Nela nasceram grandes artistas, creio.

Beijos e abraços pra você e família.

CÉU disse...

Retificando: o que ele pensa do produto.

Até breve!

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Um belo artigo meu amigo.
Um abraço e continuação de uma boa semana.

Zilani Célia disse...

OI ROSEMILDO!
ACHO INTERESSANTES TUAS PESQUISAS E DE MUITO VALOR O CONHECIMENTO QUE NOS PROPORCIONAS, MAS GOSTO MUITO TAMBÉM DOS TEXTOS DE TUA AUTORIA AOS QUAIS NÃO TENHO CONSEGUIGO ACESSO.
ABRÇS
-http://zilanicelia.blogspot.com.br/

cris disse...

Olá, Furtado.
Muitas novidades por aqui.
Confesso que desconheço as obras, tanto de Gregório, quanto de Eusébio de Matos. Seus posts são um convite ao conhecimento de uma literatura pouco divulgada.
Parabenize sua esposa pelo dom artístico da pintura, que eu tanto aprecio, mas não tenho nenhuma habilidade.
Agradeço as palavras sempre gentis.
Abraços.

CÉU disse...

Eu não disse k ia pesquisar, eu não disse! Então, vamos lá, pke agora já sei algumas coisas destes dois irmãos, Eusébio de Matos Guerra e Gregório de Matos Guerra.
Eu não gosto de ficar na ignorância, e de te dizer: bela e completa postagem, portanto tenho de saber algumas coisas da biografia das personagens referidas.

Eusébio de Matos Guerra, k era irmão de Gregório de Matos Guerra nasceu e morreu em Salvador, mas de nacionalidade portuguesa, visto k o Brasil era nossa colónia, e até à independência do Brasil, k ocorreu no século XIX, todas as pessoas nascidas aí, mas de nacionalidade portuguesa, eram consideradas luso-brasileiras.

Eusébio foi poeta, pintor e orador, não foi uma pessoa polémica, contrariamente a seu irmão, criou a Escola Baiana de Pintura(Artes), passou a pertencer à Companhia de Jesus, e seu pai era português, da cidade de Guimarães, no norte do país. Mais tarde deixa a Companhia de Jesus e professa na Ordem do Carmo, adquirindo o nome de Eusébio da Soledade. É chamado a Lisboa, mas seus superiores não o deixaram vir. Publica algumas obras, como você refere no post e morre com 62 anos em Salvador da Bahia.

Seu irmão, Gregório, sete anos mais novo k ele, nasce tb aí, e sua nacionalidade era tb portuguesa pelos motivos k já expliquei, anteriormente.
Teve as alcunhas de "Boca do Inferno" e de "Boca de Brasa", por se rebelar contra a Igreja Católica e criticar, severamente, TODAS as classes sociais da Bahia, chamando-lhes "Canalha Infernal". Claro k sua atuação e sua língua afiada (não sei se o cara tinha ou não razão), lhe custaram uma deportação para Angola. Foi poeta bem satírico, tal como tb escreveu poesia pornográfica e erótica. Se mostrou arrependido, posteriormente, mas creio k nunca o esteve, regressando ao Brasil, onde morreu, vítima de uma febre contraída em Angola.

E pronto, aqui está um resumo da vida e obra desses dois irmãos.

Boa semana, Rosemildo!

Beijos e abraços para todos vocês.




























)

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...

Olá Rosemildo,obrigada sempre por nos compartilhar sobre Literatura Brasileira.
Agradeço sua visita e comentário.
Bjs e uma ótima semana.
Carmen Lúcia.

Anne disse...

Visite meu blog e comente: seuaconxego.blogspot.com

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