quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Literatura Brasileira - Parte 02.

   



Colégio São Paulo de Piratininga
  
HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA BRASILEIRA – PARTE 02
 
Se entrarmos no outro setor – o dos jesuítas – no qual predominam as figuras dos padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta – observaremos que o papel, desempenhado por eles, não somente se prende à formação espiritual da Colonia, mas também às lições do Humanismo europeu que procuraram difundir logo nos primeiros colégios fundados, como o da Bahia, em 1551, e o de S. Paulo de Piratininga, em 1554.

José de Anchieta, na série dos pretensos iniciadores da Literatura Brasileira, é, sem dúvida alguma, o representante daquele humanismo teocêntrico , de estrutura e significado medievais, que o seu teatro e as suas poesias tão bem expressam. O teatro anchietano, por exemplo, faz-nos compreender como as formas dramáticas tradicionais nele se desenvolveram – como, em Portugal, anteriormente, porém no mesmo século XVI, se havia dado com Gil Vicente: num sentido da maior humanização do homem, à medida que nele se enraizasse a concepção cristã da vida. Nesse particular, Anchieta prolonga até ao Brasil Colonia a Literatura Portuguesa, procurando adaptar ao novo ambiente um elemento de características sociais como o teatro. O que quer dizer: Anchieta incorporou ao processo espiritual do Brasil Colonia, processo evidentemente em formação, um valor tradicional, um modelo artístico que o gênio vicentino tornara em voga no Portugal quinhentista.
 
A chamada Literatura dos Jesuítas tem, em Anchieta, sua maior figura, quer pelas características do escritor que houve nele, quer pela atividade literária que soube, no Brasil Colonia do século XVI, realizar entre nós. Só historicamente, todavia, em consonância ao processo espiritual do Brasil Colonia, e pelo seu trabalho de taumaturgo e conquistador, podemos considerá-lo figura nossa!...
 
Se, contudo, vimos sob outro prisma, isto é, como escritor aqui chegado com uma língua literária feita, não poderemos admiti-lo como a figura iniciadora de nossa literatura, pois que a obra anchietana não é típica expressão de um povo, não corresponde, em nenhum momento, ao caráter genuíno deste.
 
Ob: Com relação as informações históricas e geográficas contidas neste post, favor considerar a época da edição do livro/fonte.
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.
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5 comentários:

Bell disse...

Eu gosto tanto de história as vezes acho que deveria ter estudo e me formado nisto rs...
Um lindo dia pra vc =)

CÉU disse...

Olá, Rosemildo!

Os Jesuítas (em Portugal, tb é o nome de um bolo, por sinal, bem gostoso) ou Companhia de Jesus tiveram uma ação mto importante, não só em Portugal, mas tb no estrangeiro, e como o Brasil era nossa colónia, para aí se deslocaram, imbuídos de fé, catequizando, em força e não pela força, os índios e os indígenas.
O padre católico José de Anchieta, que nasceu em Espanha, foi, sem dúvida alguma o "artesão" de todo essa grandiosa obra e sua ação se fez notar, sobretudo, na cidade de em S.Paulo.
A aldeia jesuítica foi considerada a maior cidade da América do Sul, no século XV!

Tenha um resto de boa semana.

Abraços e beijos para todos vocês.

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Um belo artigo amigo Rosemildo e realmente os Jesuítas foram os grandes dinamizadores culturais por esse mundo fora.
Um abraço e bom fim de semana.

CÉU disse...

Bem, vim só espreitar os comentários, mas ainda não há nada k não eu não tivesse lido.

Literatura não é do domínio geral, como sabe, mas se fica sabendo ou recordando alguma coisa.

Boa semana, Rosemildo!

Elvira Carvalho disse...

Os Jesuítas deram uma grande contribuição para o desenvolvimento de Portugal, a todos os níveis. Logo a literatura não podia ser esquecida.
Um abraço e uma boa semana

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