HISTÓRIA DA LITERATURA
MUNDIAL
LITERATURA PORTUGUESA –
PARTE 10
Vejamos
dois exemplos dessa poesia lírica do medievo português, o primeiro
de uma cantiga de amor
atribuída a D. Dinis. (Seria o rei português de mesmo nome,
conhecido como o Rei Trovador? É possível, se bem que não
absolutamente certo.), e o segundo de uma cantiga de amigo
de João Zorro.
Cantiga de amor 2
Quer eu em maneira Proençal
fazer agora hun cantar d'amor,
e querrei muyt'i loar mha
senhor
a que prez nem fremusura non
fal,
nen bondade; e nem vos direiy
en;
tanto a fez Deos comprida de
ben,
que mays que todas las do
mundo val.
Etc.
Cantiga de amigo 3
Bailemos agora, por Deus, ai
velidas,
so aquestas avelaneiras
frolidas
e quem for velida como nos,
velidas,
se amigo amar,
so aquestas avelaneiras
frolidas
verrá bailar.
Bailemos agora, por Deus, ai
loadas,
so aquestas avelaneiras
granadas
e quem for loada como nos,
loadas,
se amigo amar,
so aquestas avelaneiras
granadas
verrá bailar.
2 Quero, à maneira
Provençal,
Fazer, agora, um cantar de
amor,
Eu quererei muito aí louvar
minha amada,
A quem mérito e formosura não
faltam,
Nem bondade; e mais coisas
direi a seu respeito,
Tanto a fez Deus cheia de
virtudes,
Que mais em todas no mundo
vale.
Etc.
3 Bailemos, agora, por Deus
ai belas,
Sob estas avelaneiras floridas
E quem for bela como nós,
belas,
Se amar o seu namorado,
Sob estas avelaneiras floridas
Virá bailar.
Bailemos, agora, por Deus, ai
louvadas,
Sob estas avelaneiras
carregadas,
E quem for louvada como nós,
louvadas,
Se amar o seu namorado,
Sob estas avelaneiras
carregadas,
Virá bailar.
A primeira coisa que talvez
chame a atenção do leitor ao considerar os exemplos apresentados é
o fato de ele ser capaz de entender – com algum esforço, é claro,
e especialmente se conhecer um pouco de espanhol e de francês –
relativamente bem essas poesia apesar de elas datarem de quase
oitocentos anos. Essa é uma das características do português
arcaico: a sua relativa semelhança (especialmente na gramática) com
o português moderno, coisa que não acontece com outras línguas
neolatinas (francês, por exemplo). Outra é a maior simplicidade de
composição da cantiga do amigo, a sua ritmicidade e a presença de
um refrão, que, provavelmente, deveria ser cantado em coro pelos que
assistam o espetáculo.
Obs: Com relação as
informações históricas e geográficas contidas neste post, favor
considerar a época da edição do livro/fonte.
Fonte: “Os Forjadores do
Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.
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9 comentários:
me gusta conocer sobre la literatura portuguesa, otro gran blog tuyo
buen día para ti
miles de abrazos
y por favor, ¡no abandones el blog!
es muy interesante :)
Olá, Rosemildo!
Tudo bem?
Continuamos com a Poesia Trovadoresca, que tem muito que contar.
Naturalmente, que a linguagem não pode ser a mesma dos dias de hoje. Vivia-se a Idade Média, e portanto o conhecimento era muito escasso, todavia interessante.
Quanto à autoria das cantigas, é difícil assegurar quem foi seus autores, porque, já nesse tempo havia rivalidades.
A Língua francesa, ainda não alterou nem uma palavrinha. Sinceramente, espanto-me, porque o mundo é composto de mudança, e a França é um país altamente desenvolvido, a todos os níveis.
Enfim, arcaísmos.
Eu sou mega adepta e defensora do Novo Acordo Ortográfico. Evidente que para nós, portugueses, "terno" significa carinhoso e para vocês é roupa de homem, calça e casaco, e com gravata, de preferência. Todavia, isso são particularidades de cada Língua. Nós entendemo-nos, perfeitamente.
Voltando à Poesia trovadoresca, convido os leitores do seu blogue a imaginarem o ambiente vivido na corte com jograis e trovadores.
Abraço e dias felizes.
Retificando: quem FORAM os seus autores.
Gracias amigo y me alegro haber podido hoy entrar que no podia y hoy entre muy bien y enseguida ....
desde el pueblo de montaña en que paso el fin de ...te agradezco tu visita y amistad
un abrazo
Marina
Come sai anch'io amo molto la letteratura . Mi piacerebbe leggere tutto il post che hai illustrato , ma non ho trovato il traduttore e con conosco la lingua Portoghese . Quando ripasso spero di trovarlo . Perchè leggerti e divinamente piacevole . Ti mando un saluto dall'Italia . A presto Lina
Boa noite.
Muito obrigada por partilhar a nossa cultura.
Abraço
Alice
Nos livros de meu pai, neto de português pela linhagem materna e paterna, lia essa maravilhosa literatura. A coleção "Os Forjadores do Mundo Moderno" tínhamos lá em casa. Há tempos adquiri "Os Brasões da Sala de Sintra",onde me delicio com a história de Portugal. Quando menina, cantava com meu pai a "Nau Catarineta"...Vir aqui, é me reportar ao meu antigamente...Obrigada, Furtado, pela maravilhosa partilha.
Meu abraço, amigo!
Olà Rosemildo.
Sai illustrare molto bene la letteratura .Non è la buona letteratura né il vasto tuo sapere sapere che fa di te un uomo colto, ma la tua buona educazione alla vita reale. Che importanza avrebbe che tutti noi fossimo arche di scienza, se poi noi non sapessimo vivere in fraternità con il il mondo e nostro prossimo.E come scrive un vecchio saggio:La letteratura non ci permette di camminare, ma ci permette di respirare. Ti lascio sempre i miei più vivi complimenti per la tua bravura . Ciao Lina
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