quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Literatura hispano-americana - Parte 11.

 
 

HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 11
URUGUAI

O romantismo uruguaio apresenta a significativa obra poética de Zorrilla de San Martín (1855-1931). Juan Zorrilla de San Martín dedicou-se a vários gêneros, porém, o ápice de sua criação literária é indubitavelmente o poema épico-lírico intitulado “Tabaré”, excelente romance histórico em versos que não encontra superação por qualquer outro do mesmo gênero em toda a literatura hispano-americana.
 
A grande significação literária uruguaia está localizada, com a exceção do romântico autor de “Tabaré”, no modernismo. Júlio Herrera y Reyssig (1875-1910) é original voz poética do modernismo que, em alguns momentos, aproxima-se “avant la lettre” do surrealismo pelo subconsciente que informa seus versos. Suas primeiras publicações foram “Los éxtasis de la montaña” e “Los parques abandonados”; suas obras completas foram, a seguir, publicadas em cinco volumes. Predominantemente seu estilo literário é o simbolismo e sua expressão poética constrói-se por extensão gradativa que, a partir da simplicidade e tranquilidade, eleva-se à obscuridade e à violência, sem que seja alterado o nível de extrema musicalidade e lirismo.
 

O primeiro prosador modernista na literatura uruguaia é José Henrique Rodó (1871-1917), autor de “Ariel”. Com idealismo indefinido e certo otimismo, Rodó desenvolve a defesa do ser humano que abandona a comum realização parcial e alcança a integral expansão.
 
Carlos Reyles (1868-1938), autor de “El embrujo de sevilla”, é romancista realista que se destaca pela análise psicológica e pela observação regionalista. Outro romancista importante é Enrique Amorim (1900-1960), notabilizado com “El paisano Aguillar”, significativa realização da literatura uruguaia de vanguarda. O estilo de Amorim caracteriza-se pelo domínio de naturalidade do enriquecimento através de metáforas. O realismo marca a técnica do romancista Juan Carlos Onetti (1909-1994), altamente influenciado por Faulkner e Dos Passos. Sua obra máxima, “La vida breve”, é excelente para transcrever literariamente a solidão e os fracassos humanos nos ambientes urbanos e para enriquecer a qualidade de sua prosa ao alcançar momentos de realização lírica.
 
A poesia uruguaia moderna é representada por Delmira Agustini (1886-1914), Juana de Ibarbourou (1892-1979), Sara de Ibáñez (1909-1972) e Juan Cunha (1910-1985). A poetisa Delmira Agustini destaca-se pela ousadia de imagens e pelo prazer estético que utiliza para elevação de suas confissões. A grande realização poética de Juana de Ibarbourou está em “Las lenguas de diamante”; o momento máximo da poesia de Sara de Ibáñez está em “Pastoral”, cujos poemas revelam domínio dos elementos formais dos versos e extrema musicalidade que os caracteriza. A poesia de Juan Cunha abre-se para abranger a solidão e a comunhão entre os seres humanos. A obra principal de Cunha é “El pájaro que vino de la noche”.
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7. 

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Um comentário:

vendedor de ilusão disse...

Olá amigo! Obrigado pela visita e por deixado lá um comentário. Gostei do teu blog, aliás, parabéns pelas postagens. Quem sabe um dia, eu possa ver a divulgação de uma das minhas obras aqui, não é?
Tenhas uma ótima semana.

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