quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Literatura hispano-anericana - Parte 03.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 3
CHILE – 1

A literatura chilena apresenta em pleno período histórico seiscentista sua primeira composição literária significativa e que, é, também, tanto o melhor poema histórico da literatura espanhola como a única manifestação épica das Américas: “La Araucana”, poema escrito pelo espanhol Alonso de Ercilla y Zúñiga (1533-1594). Ercilla y Zúñiga revela em sua composição épica a forte influência que recebeu de Ariosto, Virgílio e Lucano. Do verdadeiro ciclo araucano originado a partir da obra de Ercilla y Zúñiga, há apenas um texto poeticamente significativo: “El arauco domado”, escrito por Pedro de Oña (1570-1643). “El arauco domado” apresenta maior sentido melodioso em sua versificação e maior intensidade lírica que “La Araucana”.

A primeira metade do século XIX é a grande época dominada pelo notável humanista Andrés Bello (1781-1865), cujo prestígio estende-se por toda América Espanhola. Em sua produção poética sobressaem-se “Aloucución a la Poesia” e “Silva a la agricultura e la zone tórrida”; como tradutor, “Oración por todos” de Victor Hugo livremente adaptado ao espanhol por Andrés Bello.

O romantismo apresenta-se no Chile com dois grandes poetas, Guilhermo Blest Gana e Salvador Ciente (1817-1860): o primeiro apresenta um lirismo de melancolia, delicadeza e ternura; o segundo, discípulo de Bello, é famoso por seus poemas “Ricardo y Lucia” e “El campanario”.

Na prosa, é significativo o escritor Alberto Blest Gana (1830-1920), que, embora apresente ainda algumas características românticas, deve ser classificado como romancista realista por seu livro “Martin Rivas”, magnífico romance de costumes que realisticamente oferece ampla visão da sociedade de Santiago.

No final do século XIX nascem inúmeros poetas e prosadores significativos na moderna literatura chilena: entre os primeiros temos Gabriela Mistral (Lucila Godoy Alcagota: 1889-1957), Pablo de Rolha (1894- 1968), Vicente Hui dobro (1893-1948); na prosa, Pedro Prado (1886-1952), Jenaro Prieto (1889-1946), Rafael Maluenda (1885-1963), Fernando Santiván (1886-1973), Mariano Latorre (1886-1955), Joaquin Edwards Bello (1886-1968) e Manuel Rojas (1896-1973).

Gabriela Mistral foi a primeira poetisa chilena a alcançar prestígio internacional e seus livros conheceram significativa repercussão; dentre os melhores temos “Desolación”, “Ternura” e “Tala”. Sua poesia apresenta cuidada habilidade quanto aos aspectos formais e seu tom é feminino e maternal, embora seja também vigorosa a presença da angústia e de um lirismo intenso e vivido; seu ritmo é áspero sem perder a expressividade poética resultante em grande parte da riqueza metafórica com que Mistral transmite a temática do amor em suas múltiplas manifestações.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.

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2 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Gostei de saber, com mais detalhes, da literatura chilena.
Belo e completo post.
Abraço,
Renata

Carmen Lúcia.Prazer de Escrever disse...

Obrigada pela visita e por tornar-se meu seguidor.
Também estarei seguindo você.
Lindo blog e postagens.
Abraços Rosemildo.
Carmen Lúcia.

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