quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Literatura Ocidental - Parte 71.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 71
LITERATURA ITALIANA – XIII

Movimentos críticos de orientação diversa são os representados pela revista “Novecento” (1926) e por “Solaria” (1926-1936): à primeira estão ligados os nomes de Bontempelli e de Curzio Malaparte; à outra, os de Pavese, Montale, Saba, B. Tecchi e Titta Rosa. Ambas tiveram caráter cosmopolita e modernista de amplitude mais significativa.

Como escritores anteriores ao término da segunda guerra mundial, são significativos: Eugênio Montale (1896-1981) G. Ungaretti (1888-1970), Luigi Pirandello (1867-1936), Giovanni Papini (1881-1956). A temática da solidão humana caracteriza os dois primeiros, Montale e Ungaretti. Montale é o hermético de “Ossi di seppia”, reunião de poemas da incompreensibilidade essencial do mundo e da vida da contemplação indiferente e melancólica dos acontecimentos entre seres humanos desesperançados de um encontro essencialmente significativo. O outro grande poeta do lirismo hermetista, Giuseppe Ungaretti, é autor de “Sentimento del tiempo”, em cujos versos a solidão e a impossibilidade existencial são transmitidas em concisão poética. Ambos revelam a perda das ingênuas ilusões do século XIX e o encontro entre os homens e o mundo, entre o homem e os homens. Luigi Pirandello é um renovador do teatro não apenas de seu país, mas, de toda Europa; esta magnífica produção teatral está reunida nos quatro volumes de “Maschere nude”. Também a solidão individual e os dolorosos absurdos da existência são encontrados no amargamente irônico Pirandello. Renovador da linguagem teatral e re-introdutor da serenidade temática na dramaturgia, Pirandello compraz-se com a colocação da realidade antitética entre o inconsciente e o consciente, entre a tendência ao comportamento cristalizado e a eterna instabilidade essencial ao humano. 
 
Papini é o famoso autor da perfeita sátira aos nossos tempos intitulada “Gog”, mas, sua criatividade estende-se a quase todos os gêneros literários, excetuado o teatro. Caracteriza-o a constante renovação pessoal, muito bem representada em sua obra, como nos textos filosóficos, nas composições poéticas, nos relatos autobiográficos ou nos escritos de inspiração religiosa, após sua conversão ao catolicismo.

O após-guerra apresenta a retomada de contato com a realidade determinadora dos aspectos acentuadores dos absurdos existenciais ao estender-se a visão neo-realista à amplitude social das injustiças, da miséria, dos sofrimentos provocados pela desumana organização social. A visão do realismo renovado eleva-se ao plano de combate orientado por uma esperança, uma energia e uma fé que sentem aproximar-se. Na narrativa realista muitos são os nomes a destacar, mas, citemos os seguintes: Alberto Moravia (1907-1990), Cesare Pavese (1908-1950), Dino Buzzati (1906-1972), Curzio Malaparte (1898-1957), Ignazio Silone (1900-1978), Elio Vittorini (1908-1966), Guido Piovene (1907-1974), Vasco Pratolini (1913-1991), Carlo Levi (1902-1975).

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Vamos aprendiendo conociendo.

Un abrazo, amigo Furtado.

Andri Alba
angelnegroblanco

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