HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 66
LITERATURA ITALIANA -- VIII
Autor plenamente romântico é Alexandro Manzoni
(1789-1873), autor de “I Promessi Sposi” com o qual alcança o
momento máximo de criação poética, obtendo uma serena síntese
entre o real e o ideal. “I Promessi Sposi” é uma apresentação
histórica da Lombardia no século XVII. Notável é em Manzoni o
refinamento com que maneja a ironia e a comicidade e essencial é a
sinceridade de seu cristianismo católico em que a Providência é
concebida como suprema manifestação da justiça. Seus princípios
religiosos aparecem poematicamente em “Inni Sacri” e sob forma de
tratado em prosa no “Morale cattolica”. Como dramaturgo revela a
atração pelos temas nacionais em reconstruções históricas, como
demonstram as peças “II Conte di Carmagnola” e “Adelchi”,
além de sua obra-prima já citada, ”I Promessi Sposi”. Como
teórico do romantismo escreveu duas cartas, uma a C. d'Azeglio e
outra a M. Chauvet, bem como o prefácio a “II Conte di Carmagnola”
e o discurso “Del romanzo storico”.
Silvio Pellico
Romântico marcado pelo desespero profundo é Silvio
Pellico (1789-1854), autor de “Le mie prigioni” de aceitação
ampla na atualidade. Pellico representa a orientação religiosa do
romantismo na Itália. Outro discípulo de Manzoni, Giovanni Preti
(1815-1884) já não pode ser considerado mais que versificador de
algum talento pelo excesso de verbalismo e redundância de seus
poemas. Seus melhores momentos de realização artística podem ser
localizados em suas “Ballate” e em “Edmenegarda”. Autores da
segunda fase do romantismo são Giosuè Carducci (1835-1907),
Giovanni Pascoli (1855-1912) e Gabriele d'Annunzio (1863-1938).
Carducci tem seus poemas reunidos em “Rime”, “Rime
Nuove” e “Odi barbare”. Tecnicamente distingue-se pelo esforço
realizado para uma hábil distribuição dos acentos de intensidade e
a tentativa de recuperação da perfeição clássica, em oposição
à sentimentalidade excessiva e à violência verbal que começam a
marcar o decadentismo romântico em sua época. Carducci, pelo mesmo
motivo, evita o exotismo e a exploração do colorido para apresentar
a natureza em sua beleza e força naturais. Aparentemente de sua
maneira contraditória, reúne a rebelião pessoal perante os
conformismos à aceitação do sofrer como forma existencial.
Carducci pode ser também definido como o poeta nostálgico da
esperança indestrutível. Giosuè Carducci anuncia e quase realiza o
verismo.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 116/117.
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Um comentário:
Mais uma vez lhe dou os meus
parabéns pelos seus posts que
leio sempre com muita atenção.
Tem alguma informação sobre o
escritor português José Régio?
Pertenço a um grupo no Facebook
sobre o mesmo e andamos a tentar
recolher dados publicados sobre
ele em Portugal e noutros países.
Um bj.
Irene Alves
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