quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Literatura Ocidental - Parte 66.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 66

LITERATURA ITALIANA -- VIII


Autor plenamente romântico é Alexandro Manzoni (1789-1873), autor de “I Promessi Sposi” com o qual alcança o momento máximo de criação poética, obtendo uma serena síntese entre o real e o ideal. “I Promessi Sposi” é uma apresentação histórica da Lombardia no século XVII. Notável é em Manzoni o refinamento com que maneja a ironia e a comicidade e essencial é a sinceridade de seu cristianismo católico em que a Providência é concebida como suprema manifestação da justiça. Seus princípios religiosos aparecem poematicamente em “Inni Sacri” e sob forma de tratado em prosa no “Morale cattolica”. Como dramaturgo revela a atração pelos temas nacionais em reconstruções históricas, como demonstram as peças “II Conte di Carmagnola” e “Adelchi”, além de sua obra-prima já citada, ”I Promessi Sposi”. Como teórico do romantismo escreveu duas cartas, uma a C. d'Azeglio e outra a M. Chauvet, bem como o prefácio a “II Conte di Carmagnola” e o discurso “Del romanzo storico”.
Silvio Pellico


Romântico marcado pelo desespero profundo é Silvio Pellico (1789-1854), autor de “Le mie prigioni” de aceitação ampla na atualidade. Pellico representa a orientação religiosa do romantismo na Itália. Outro discípulo de Manzoni, Giovanni Preti (1815-1884) já não pode ser considerado mais que versificador de algum talento pelo excesso de verbalismo e redundância de seus poemas. Seus melhores momentos de realização artística podem ser localizados em suas “Ballate” e em “Edmenegarda”. Autores da segunda fase do romantismo são Giosuè Carducci (1835-1907), Giovanni Pascoli (1855-1912) e Gabriele d'Annunzio (1863-1938).


Carducci tem seus poemas reunidos em “Rime”, “Rime Nuove” e “Odi barbare”. Tecnicamente distingue-se pelo esforço realizado para uma hábil distribuição dos acentos de intensidade e a tentativa de recuperação da perfeição clássica, em oposição à sentimentalidade excessiva e à violência verbal que começam a marcar o decadentismo romântico em sua época. Carducci, pelo mesmo motivo, evita o exotismo e a exploração do colorido para apresentar a natureza em sua beleza e força naturais. Aparentemente de sua maneira contraditória, reúne a rebelião pessoal perante os conformismos à aceitação do sofrer como forma existencial. Carducci pode ser também definido como o poeta nostálgico da esperança indestrutível. Giosuè Carducci anuncia e quase realiza o verismo.


Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 116/117. 

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Um comentário:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Mais uma vez lhe dou os meus
parabéns pelos seus posts que
leio sempre com muita atenção.

Tem alguma informação sobre o
escritor português José Régio?

Pertenço a um grupo no Facebook
sobre o mesmo e andamos a tentar
recolher dados publicados sobre
ele em Portugal e noutros países.
Um bj.
Irene Alves

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