HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 58
LITERATURA ALEMÃ
Reinhard Johannes Sorge, como dramaturgo expressionista,
é excelente em suas tragédias de sentido religioso e como
reintrodutor do coletivismo em seu teatro claramente lírico. Como
importante lírico, Sorge escreveu “Gericht ueber Zarathustra”,
“Mutter der Himmel” e Mustische Zwiesprache”.
Alfred Doeblin iniciou-se como colaborador da revista
expressionista “Der Sturm” e, logo estreou com “Ermordung einer
Butterblume”, ao qual seguiram: “Wadzecks Kampf mit der
Dampfturbine”; “Berge, Meere und Giganten”; “Berlin
Alexanderplatz”, sua obra-prima; “Der Oberst und der Dichter”;
“Hamlet oder die Lange Nacht”. São impressionantes suas
descrições da miséria do proletariado das grandes metrópoles
industriais e o sentido que possui Doeblin da atualidade. Como
crítico e ensaísta é o consagrado autor de “Minotaurus –
Dichtung unter den Hufen von Staat und Industrie”.
Bert(old) Brecht é o dramaturgo e poeta que estigmatiza
a sociedade burguesa e da constante interrogação perante o bem e o
mal, que sabe intimamente dependentes da estruturação social. Na
produção teatral deste expressionista dotado de básico sentido
social revolucionário encontra-se “Dreigroschenoper”, “Mutter
Courage”, “Das Verhoer des Lukullus”, “Der gute Mensch von
Sezuan”, “Galileo Galilei”, “Der Kaukasische Kreidekreis” e
Herr Puntila und sein Knecht”. O poeta Brecht iniciou-se como
expressionista típico pelo ceticismo e romantismo invertido cuja
visão amarga e anárquica ampliava-se até atingir o culto do
“feio”; ao aderir à filosofia de construção do socialismo
através do trabalho e da cooperação entre os homens encontrou sua
própria maneira estilística, caracterizada por perfeita concisão
clássica. Seu estilo foi organizado pela elaboração pessoal que o
poeta retirou de seus conhecimentos da balada tradicional alemã, do
lirismo sugestivo da poesia chinesa, da claridade da dramaturgia
grega e da riqueza bíblica.
Como atuais dramaturgos citemos Friedrich Duerrenmatt
(1921) e Max Frisc (1911): o primeiro, autor de “Die des Herrn
Mississipi” e de “Der Besuch der alten Dame”; o segundo, é
dramaturgo, com “Als der Kreig zu Ende war” “Nun singen sie
wieder”, “Die chinesische Mauer”, “Don Juan” e “ Graf
Oederland” e romancista (Stiller). Na temática de Duerrenmatt é
constante a preocupação quanto a justiça e quanto ao absurdo
existente no mundo. Frisch é o supremo mestre atual da inserção da
ironia e da utilização do paradoxo; suas peças são oportunidades
que constrói para sua imensa capacidade de fantasia. Duerrenmatt
pode ser classificado como pertencente ao “neue Sachlichkeit”;
seu estilo destaca-se pela sobriedade e clareza.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 105/106.
Visite também: