quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Literatura Ocidental - Parte 58.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 58
LITERATURA ALEMÃ
 
Reinhard Johannes Sorge, como dramaturgo expressionista, é excelente em suas tragédias de sentido religioso e como reintrodutor do coletivismo em seu teatro claramente lírico. Como importante lírico, Sorge escreveu “Gericht ueber Zarathustra”, “Mutter der Himmel” e Mustische Zwiesprache”.
 
Alfred Doeblin iniciou-se como colaborador da revista expressionista “Der Sturm” e, logo estreou com “Ermordung einer Butterblume”, ao qual seguiram: “Wadzecks Kampf mit der Dampfturbine”; “Berge, Meere und Giganten”; “Berlin Alexanderplatz”, sua obra-prima; “Der Oberst und der Dichter”; “Hamlet oder die Lange Nacht”. São impressionantes suas descrições da miséria do proletariado das grandes metrópoles industriais e o sentido que possui Doeblin da atualidade. Como crítico e ensaísta é o consagrado autor de “Minotaurus – Dichtung unter den Hufen von Staat und Industrie”.
Bert(old) Brecht é o dramaturgo e poeta que estigmatiza a sociedade burguesa e da constante interrogação perante o bem e o mal, que sabe intimamente dependentes da estruturação social. Na produção teatral deste expressionista dotado de básico sentido social revolucionário encontra-se “Dreigroschenoper”, “Mutter Courage”, “Das Verhoer des Lukullus”, “Der gute Mensch von Sezuan”, “Galileo Galilei”, “Der Kaukasische Kreidekreis” e Herr Puntila und sein Knecht”. O poeta Brecht iniciou-se como expressionista típico pelo ceticismo e romantismo invertido cuja visão amarga e anárquica ampliava-se até atingir o culto do “feio”; ao aderir à filosofia de construção do socialismo através do trabalho e da cooperação entre os homens encontrou sua própria maneira estilística, caracterizada por perfeita concisão clássica. Seu estilo foi organizado pela elaboração pessoal que o poeta retirou de seus conhecimentos da balada tradicional alemã, do lirismo sugestivo da poesia chinesa, da claridade da dramaturgia grega e da riqueza bíblica.
 
Como atuais dramaturgos citemos Friedrich Duerrenmatt (1921) e Max Frisc (1911): o primeiro, autor de “Die des Herrn Mississipi” e de “Der Besuch der alten Dame”; o segundo, é dramaturgo, com “Als der Kreig zu Ende war” “Nun singen sie wieder”, “Die chinesische Mauer”, “Don Juan” e “ Graf Oederland” e romancista (Stiller). Na temática de Duerrenmatt é constante a preocupação quanto a justiça e quanto ao absurdo existente no mundo. Frisch é o supremo mestre atual da inserção da ironia e da utilização do paradoxo; suas peças são oportunidades que constrói para sua imensa capacidade de fantasia. Duerrenmatt pode ser classificado como pertencente ao “neue Sachlichkeit”; seu estilo destaca-se pela sobriedade e clareza. 
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 105/106.

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Literatura Ocidental - Parte 57.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 57
LITERATURA ALEMÃ

Expressionistas são Franz Kafka (1883-1924), Erich Maria Remarque (1898-1916), Hans Carossa (1878-1956) Bert Brecht (1898-1956), Georg Trakl (1887-1914), Rendinha Johannes Sorge (1892-1916), Alfred Doeblin (1878-1957), além de Ernest Juenger (1895-1998), Ina Seidel (1895-1974) e Zuckmayer (1896-1977).

Franz Kafka é o artista da angústia e da desesperança na situação existencial do homem moderno que apresentam os melhores dotados numa sociedade gerencial que os aliena. Kafka é um escritor da literatura universal e, talvez, a mais típica expressão do nosso mundo. Em sua obra assinala-se: “Briefe an Milena”, “Tagebuecher 1910 bis 1923”, “Erzaehlungen”, “Verwandlung”, In der Strafkolonie” e as obras máximas “Der Prozess”, “Das Schloss” e o fragmento “Amerika”. Por vezes, classificado como pertencente ao realismo mágico (“neue Sachlichkeit”), apresenta um universo de símbolos vigorosos para descrever o homem subjugado por processos inexplicáveis, injustos, imperscrutáveis, ininteligíveis.


Erich Maria Remarque escreveu “IM Westen nichts Neues”, “Der Weg zurueck”, “Drei Kameraden”, “Der Triumphbogen”, “Lieb deinen Naschsten”, “Zeit zu leben und Zeit zu sterben”, “Der Funke Leben”. Remarque é testemunha implacável dos absurdos criados contra a humanidade. Em 1932 fugiu do regime nazi-fascista. Hans Carossa, adepto da “nova ordem”, é lírico e prosador autêntico; em sua obra aparecem: “Die Schicksale des Doktors Buerger. Die Flucht”, “Eine Kindheit”, “Rumaenisches Tagebuch”, “Ser Arzt Gion” e “Geheimnisse des reifen Lebens”. Sua poesia conquista repercussão mundial. Lírico austríaco é Georg Trakl, altamente influenciado por Hoelderlin; destacam-se, como melhores momentos poéticos, “Sebastian im Traum” e “Der Herbst des Einsam”. Ernst Juenger é o defensor dos direitos individuais e significativo estilista; renegou o nazismo após um breve período de adesão. Adepto demorado na ditadura direitista hitleriana foi Erwin Guido Kolbenhayer,, notável nas biografias de Giordano Bruno e de Paracelso (trilogia). Ina Seidel, além de poetisa com nobreza de estilo, destaca-se como romancista: “Lennacker”, “Unser Freund Peregrin”, “Das unverwesliche Erbe”, “Fahrt in den Abend”, e, principalmente, em “Das Wunschkind” e “Das Labyrinth”. Carl Zuckmayer é o autor de sentido humanista que escreveu dramas de amplo êxito popular: “Der froeliche Weinberg”, “Schinderhannes”, “Ulla Winblad”, “Catharina Knie”, “Barbara Blomberg”, “Des Teufels General”, “Der Hauptmann von Koepenick”, “Gesang im Feuerofen” e “Das kalte Lincht”.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 104/105.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Literatura Ocidental - Parte 56.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 56
LITERATURA ALEMÃ

O romance assume na época moderna a posição de gênero dominante. Nele aparece o nome de Hermann Hesse e de Stefan Zweig, ambos predominantemente impressionistas. Hesse escreveu “Demian”, “Steppenwolf”, “Der Blick ins Chaos”, “Narziss und Goldmund”, “Peter Camenzind”, “Drei Geschichten aus dem Leben Knulps”, “Siddharta”, “Morgenlandfahrt”, “Das Glasperlenspiel”. Hesse foi fiel à missão que apontara aos escritores atuais: lembrar-se de que a alma da humanidade encontra-se em perigo e próxima do abismo, ao mesmo tempo em que deve demonstrar também sua crença na imortalidade, como bem o demonstra sua obra máxima, “O lobo das Estepes”, verdadeira visão dos fatores espirituais da atualidade através das meditações e angústias do artista. Suas composições estão plenas de espontaneidade. Stefan Zweig é o autor de romances, como “Amok”, “Verwirrung der Gefuehle”, “Brennendes Geheimnis”; ensaísta e crítico em “Sternstunden der Menschheit”, “Verlaine”, “Marie Antoinette”, “Die heilung durch den Geist”, “Der Kampf mit Daemon”, autobiógrafo rico em análise psicológica no livro “Die Welt von gestern”; sua lírica está reunida em “Die gesammelten Gedichte”. Zweig domina com facilidade a composição formal e a expressão linguística, por vezes revela magistralmente o crescendo dramático através do emprego de imagens. Outro romancista impressionista é Emil Strauss (1866), cujo sentimentalismo e vigor está presente em suas melhores obras, o romance histórico “Der nackte Mann” e a novela “Der Schleier”.

 
 Stefan Zweig

Os irmãos Mann Heinrich (1871-1950) e Thomas (1875-1955), representam o romance expressionista. Heinrich desenvolve intenso humanismo militante em busca de uma democracis real, que caracteriza pela afirmação da humanidade e da tolerância. Combateu em suas obras o nacionalismo da burguesia alemã esua pseudo moral. É autor de “Professor Unrat”, “Der Untertan”,”Die kleine Stadt”, “Das Kaiserreich” e “Der Atem”. Seu irmão tem uma visão informada pela nostalgia de uma pátria germânica composta por uma burguesia acomodada. Thomas Mann apresenta-nos o melhor romance naturalista com seu “Die Buddenbrooks”, análise microscópica da decadência espiritual do século passado através da história de uma família em decadência crescente nas quatro gerações em que é apresentada. É também autor de “Tonio Kroeger”, “Tristan”, “Joseph und seine Bruder”, “Der Tod in Venedg”, “Der Zauberberg”, “Dr. Faustus”, “Der Erwaehlte”, “Die Betrogene”, “Die Bekenntnisse des Hochstaplers Felix Krull”. Ambos, Heinrich e Thomas, fugiram do terror nazista durante o processo de massificação do povo empreendido pela “nova ordem”.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 103/104.

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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Literatura Ocidental Parte 55.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 55
LITERATURA ALEMÃ

O maior dramaturgo da época naturalista é Gerhard Hauptmann (1862-1946), cuja temática está organizada em redor do poder econômico, direitos trabalhistas, direito `vida – seja em suas obras históricas, seja em seus dramas passionais. Suas melhores obras são “Os tecelões” e “Pippa tantz”, o primeiro com introdução das grandes multidões em processo crescente de rebelia advindo do drama social provocado pelo aparecimento da máquina e o segundo definitivamente simbolista. Além de “Die Weber” e de “Pipa Dansa”, Hauptmann escreveu: ”Vor Sonnenaufgang”, considerado o maior drama do naturismo; “Der Biberpelz”; Hanneles Himmelfahrt”; “Fuhrmann Henschel”; “Schluck und Jau”; “Die Ratten”; “Till Eulenspiegel”; “Magnus Garb”; Bahnwaerter Thiel”; “Der Narr in Christo Emanuel Quint”; “Der Ketzer von Soana” e “Winckelmann”.


                                                                                    Gerhard Hauptmann

Hugo von Hofmannsthal, escritor austríaco, segue a tendência impressionista em seu intenso lirismo, que ocorre mesmo em sua produção dramática. Suas composições têm perfeição formal e material e seus termos são dispostos de maneira harmoniosa e melodiosa. O pensamento da morte está sempre em sua temática também caracterizada pela riqueza de imagens cromáticas em verdadeira magia que se aproxima do simbolismo. Sua lírica está reunida em três volumes: “Ausgewaehlte Gedichte”,”Gesammelte Gedichte” e “Gedichte und kleine Dramen”; como contista é autor de “Das Maerchen der nacht” e “Die Frau ohne Achatten”; seus dramas são “Der Tod und der Tod”, Der Tod des Tizian”, “Elektra”, “Der weisse Faecher”, “Jedermann”, “Das Salzburger grosse Welttheater” e “Der Turm”; como crítico e ensaísta é mundialmente reconhecido.

Rainer Maria Rilke, também impressionista, atinge um dos momentos máximos da literatura com seus “Sonette an Orpheus” e “Duineser Elegien”. Escreveu também “Stundembuck”, “Die Weise von Liebe u. Tod des Cornets Christoph Rilke”, “Requiem” e “Die Aufzeichnungen des Malte Laurids Brigge”: o último é trabalho em prosa, os demais são composições líricas. Há em Rilke um inexcedível tonalidade pessoal de lirismo e a imcomparabilidade de análise introspectiva que conferem alto caráter artístico à sua temática, a qual inclui a vida secreta da alma e uma triste ternura. Rilke elava o banal e o estandardizado à dignidade poética. 
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 102/103

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