quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Literatura Ocidental - Parte 53.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 53
LITERATURA ALEMÃ

O século XIX europeu poderia ser resumido pelo estudo dos seus três grandes pensadores: Karl Marx, Kierkergaard e Friedrick Nietzsche, todos com reconhecimento tardiamente alcançado. Na preparação do século XX a ação dos três é insuperável, mas, deve ser aqui destacado sobretudo a influência literária de Nietzsche (1844-1900). Dotado de original e potente visão revolucionária do mundo, Nietzsche opunha-se a todo pensamento dominante na vida cultural europeia e vivenciava a procura de uma síntese superior da serenidade grega e da inquietude,do elemento apolíneo através do qual se transcende o indivíduo para atingir a vida total e do elemento dionisíaco de realizar a plenitude de sua personalidade. São temas dominantes desta reformulação transcrita em prosa poética por Nietzsche: a transmutação dos valores, a luta contra a moral dos escravos e o estabelecimento de uma moral dos senhores, a decadência do estado ático a partir de Eurípedes e Sócrates, a exaltação da alma às custas do rebaixamento do corpo como contribuição cristã, a democracia como religião do sofrimento humano graças a uma moral de escravos, a criação do super-homem de vida dionisíaca e dotado de vontade de poder etc. O aparecimento de uma nova humanidade segundo as linhas da cosmovisão nietzscheniana serviriam, mais tarde, para as monstruosidades da época do nazismo hitleriano. Nietzsche é excelente na criação na criação poética e na maestria com que elabora aforismos, na multiplicidade de ritmos, na observação cuidadosa da vida interior, no lirismo e na fascinação de suas imagens. A música verbal de Nietzsche é encontrada em suas obras: “Also sprach Zarathustra”, sua obra-prima; “Lieder und Sprueche”, coleção de sua lírica; “Jenseits von Gut und Boese” “Der Wille zur Macht”; “Zur Genealogie der Moral”; “Antichrist”; “Menschliches”, “Alzumenschliches”, etc. Nietzsche anuncia o impressionalismo literário alemão.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, página 101.

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