HISTÓRIA DA
LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA
OCIDENTAL – PARTE 52
LITERATURA ALEMÃ
o realismo
As novas condições
sócio-econômicas mundiais e alemãs após 1870, principalmente em
suas consequências diretas de hipertrofia das grandes cidades em
processo de industrialização e o agravamento das condições de
vida do proletariado, ofereceram campo propício a uma tomada de
consciência mais aguda dos grandes problemas sociais e individuais
da humanidade e à sua expressão literária, principalmente
determinada pelo materialismo e pelas doutrinas socialistas. Esta
revolução literária centralizou-se,de maneira espacial, em
Muenchen e Berlim. A influência francesa de Zola é introduzida
principalmente através da revista “Die Gesellschaft “, já no
ano de 1885, na cidade de Muenchen e, em Berlim, os irmãos Hart
promovem a divulgação do credo naturalista com o lançamento dos
folhetos “Kritische Waffengaenge”. Outra revista, “Revolution
der Literatur”, serviu de órgão propagandístico à poesia e à
crítica de formulação naturalista. No teatro, a aceitação do
naturalismo foi auxiliada pela organização “Freie Buehne” que
congregava críticos naturalistas berlinenses e que tinha como
objetivo basilar a representação dos dramas dos chamados
“Modernen”. Esta instituição fundou, para maior reforço à
obtenção de seu objetivo, a revista “Neue Rundschau”. Em 1889,
o dramaturgo Hauptmann estreia sua tragédia “Vor Sonnenaufgang”.
As normas gerais do realismo consistiam na apresentação da
realidade tal como aprendidas pelos sentidos; a reportagem quase
fotográfica das manifestações que até então eram rejeitadas como
grosseiras, instintivas ou mesmo asquerosas; e um desenvolvido senso
do presente, além de uma acentuada preferência pelas transições
das classes sociais da nova sociedade.
Gerhart Hauptmann
O romance é o
gênero por excelência do naturalismo e abrange o estudo da pequena
burguesia, com as obras do escritor Freytag (1816-1895); a pintura da
vida privada e dos problemas conjugais, com o escritor Theodor
Fontane (1819-1898); os dramas da resignação ambientados nas
florestas da Boêmia pelo romancista Adalbert Stifter (1805-1868); o
mar e o norte convertidos em linguagem poética por Theodor Storm
(1817-1888), e as descrições do realismo regionalista, como as
realizadas por Wilhelm Raabe (1831-1910) e por Gottfried Keller
(1819-1890), o primeiro dedicando-se à região do Brunswick e o
segundo à região de Zurique. Wilhelm Raab é, maliciosamente,
definido pelo crítico e poeta Peter Hille como um moderno Jean-Paul
e, na realidade, o pode ser por conseguir realizar o encontro entre a
expressão artística e a sensibilidade popular; Gottfried Keller
pode ser colocado entre os grandes narradores do século XIX com sua
prosa impregnada de lirismo.
Fonte: “Os
Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume
7, páginas 99/100.
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2 comentários:
buenos dias mi amigo...hermosa Literatura.te deseo feliz semana un abrazo
Marina
Continuo a afirmar que o seu blogue
é um grande divulgar da cultura
mundial. Aqui aprende-se.
Aqui é para estar em silêncio
lendo os seus textos.
Um bj.
Irene Alves
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