quarta-feira, 17 de julho de 2013

Literatura Ocidental - Parte 48.


 

HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 48

LITERATURA ALEMÃ


o “sturm und drang”

O misterioso, o esotérico, o místico e o religioso literariamente expressos, que lentamente eram desenvolvidos, explodem na seguinte geração que ficaria conhecida como pertencente ao “Sturm und Drang”. Uma das constantes dos “sturmers” é a preocupação com os problemas sexuais e sociais.

Deve-se a Johann Gottfried Herder (1744-1803) a criação da “Naturpoesie”, inspirada nos primitivos cantos populares, na tradição homérica, no mundo bíblico, no ossianismo. A ele é também devida a criação da Filosofia da história. É determinante a influência de Herder sobre o escritor Goethe, cujo drama “Goetz von Berlichingen” e cujo romance “Werther”, juntos à produção dramática de Schiller, oficializam o início do Sturm und Drang.

Goethe
 
Johann Wolfgang Goethe (1749-1832) é um fenômeno único e universal da literatura alemã e oferece excepcional equilíbrio e síntese das tendências da literatura germânica. “Goetz von Berlinchingen” é uma primeira obra de genialidade e informará o drama histórico alemão; “Werther” é o primeiro êxito internacional duradouro da literatura alemã e bem exemplifica o sturm und drang como pré-romantismo; “Faust” é obra de maturidade artística e de formulação de um humanismo total quando seu autor atinge a razão serena e certo exoterismo ao mesmo tempo em que apresenta o drama interior do alemão. Progressivamente Goethe elevou-se à serenidade e harmonia gregas reformuladas por impaciências góticas e fervor bíblico. A relação de Fausto refere-se a totalidade, com o “desprezo à filosofia que se supõe totalizante”, com o cansaço perante o eruditismo, com a ciência como síntese existencial, com a estética representada superior e inultrapassavelmente pela beleza grega; Fausto é relacionado também com a mulher através do tratamento simbólico com a Virgem da Misericórdia, com Margarida e com Helena, o que pode ser transcrito como relação ao amor divino, ao amor humano e amor às formas, à alma e às ideias. A lírica goetheana elevou-se ao vértice superior no domínio do ritmo verbal e da musicalidade.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, página 96.

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