HISTÓRIA DA
LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA
OCIDENTAL – PARTE 48
LITERATURA ALEMÃ
o “sturm und
drang”
O misterioso, o
esotérico, o místico e o religioso literariamente expressos, que
lentamente eram desenvolvidos, explodem na seguinte geração que
ficaria conhecida como pertencente ao “Sturm und Drang”. Uma das
constantes dos “sturmers” é a preocupação com os problemas
sexuais e sociais.
Deve-se a Johann
Gottfried Herder (1744-1803) a criação da “Naturpoesie”,
inspirada nos primitivos cantos populares, na tradição homérica,
no mundo bíblico, no ossianismo. A ele é também devida a criação
da Filosofia da história. É determinante a influência de Herder
sobre o escritor Goethe, cujo drama “Goetz von Berlichingen” e
cujo romance “Werther”, juntos à produção dramática de
Schiller, oficializam o início do Sturm und Drang.
Goethe
Johann Wolfgang
Goethe (1749-1832) é um fenômeno único e universal da literatura
alemã e oferece excepcional equilíbrio e síntese das tendências
da literatura germânica. “Goetz von Berlinchingen” é uma
primeira obra de genialidade e informará o drama histórico alemão;
“Werther” é o primeiro êxito internacional duradouro da
literatura alemã e bem exemplifica o sturm und drang como
pré-romantismo; “Faust” é obra de maturidade artística e de
formulação de um humanismo total quando seu autor atinge a razão
serena e certo exoterismo ao mesmo tempo em que apresenta o drama
interior do alemão. Progressivamente Goethe elevou-se à serenidade
e harmonia gregas reformuladas por impaciências góticas e fervor
bíblico. A relação de Fausto refere-se a totalidade, com o
“desprezo à filosofia que se supõe totalizante”, com o cansaço
perante o eruditismo, com a ciência como síntese existencial, com a
estética representada superior e inultrapassavelmente pela beleza
grega; Fausto é relacionado também com a mulher através do
tratamento simbólico com a Virgem da Misericórdia, com Margarida e
com Helena, o que pode ser transcrito como relação ao amor divino,
ao amor humano e amor às formas, à alma e às ideias. A lírica
goetheana elevou-se ao vértice superior no domínio do ritmo verbal
e da musicalidade.
Fonte: “Os
Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume
7, página 96.
Visite também:
Um comentário:
Belo aprendizado!
Um abração!
Postar um comentário