HISTÓRIA DA LITERATURA
MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE
39
LITERATURA NORTE-AMERICANA
Já
o universalismo pode ser representado por Henry James (1843-1916),
intelectual de formação europeia. Henry James escreveu sobre a
realidade americana que o obsecava como um visitante onisciente o
faria. Seus romances psicológicos – “The Ambassators”, “The
Wings oh the Dove” e “The Golden Bow” – revelam-lhe a lucidez
impiedosa, o caráter subjetivo e simbólico dos dramas e a devoção
aos valores morais. Seus romances têm construção centralizada em
paradoxos desenvolvidos com suprema ironia e técnica que o consagram
com a realização máxima do romance em seu país. Como crítico
literário destaca-se pela autoria de “The Art of Fiction”,
magnífico ensaio sobre o romance que é válido até nossos dias.
Emily
Dickinson (1830-1886) é um fenômeno original não apenas na
excelência de seu lirismo como, principalmente, pelo modernismo
avançado de sua técnica na combinação do harmônico e do
dissonante e na maestria com que, sob uma superfície enganadora de
simplicidade, multiplica os sentidos das palavras que emprega para
transmitir a violenta oposição de seus sentimentos e conceitos. A
ousadia de suas metáforas intensifica e amplia as imagens centrais
de seus poemas.
É
necessário destacar três outros escritores desta primeira fase de
literatura norte-americana autêntica: Washington Irving (1783-1859),
James Fenimore Cooper (1789-1851) e o grande poeta Walt Whintman
(1819-1892)
Washington
Irving é o iniciador do conto americano e da descrição de tipos
regionais, inserindo-se por seu humor, como Mark Twain, na tradição
de Goldsmith, mas, por seu estilo gracioso e humorístico. Transforma
o conto gótico ao introduzir o humor que torna o terror altamente
divertido. Escreveu “Rip Van Winkle” e “The legend of Sleepy
Hollow”.
James
Fenimore Cooper é, por sua vez, o criador das descrições de cenas
norte-americanas e dos acontecimentos e personalidades locais. Seus
romances estão centralizados no heroísmo de Natty Bumpo: as
principais obras pertencem ao ciclo de Leatherstocking” (“The
Deerslayer”, “The Last of the Mohicans”, “The Pathfinder”,
“The Pionees” e “The Prairie”). Nunca será demais ressaltar
a contribuição de Cooper na emancipação da literatura
norte-americana.
Walt
Whintman é contemporâneo de Emily Dickinson. Caracterizado pelo
individualismo sbjetivo,pelo misticismo, pelo sentimento nacionalista
e pelo culto do homem comum, Walt Whintman é um emancipador poético,
ou, como o expressou Burroughs, “sua obra apresenta a força de
dissolver barreiras em vez de erguê-las, dissolver formas, escapar
de fronteiras estreitas, colocar o leitor numa colina e não numa
esquina”. O manifesto de Whitman em seu livro “The Leaves of
Grass” proclama as linhas básicas de seu romantismo. É
impressionante a riqueza de imagens (inclusive as não poéticas),
sons e símbolos colocadas nos poemas segundo a enumeração caótica.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 85/86.
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