quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Literatura Ocidental - Parte 39.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 39
LITERATURA NORTE-AMERICANA 
 
Já o universalismo pode ser representado por Henry James (1843-1916), intelectual de formação europeia. Henry James escreveu sobre a realidade americana que o obsecava como um visitante onisciente o faria. Seus romances psicológicos – “The Ambassators”, “The Wings oh the Dove” e “The Golden Bow” – revelam-lhe a lucidez impiedosa, o caráter subjetivo e simbólico dos dramas e a devoção aos valores morais. Seus romances têm construção centralizada em paradoxos desenvolvidos com suprema ironia e técnica que o consagram com a realização máxima do romance em seu país. Como crítico literário destaca-se pela autoria de “The Art of Fiction”, magnífico ensaio sobre o romance que é válido até nossos dias.

Emily Dickinson (1830-1886) é um fenômeno original não apenas na excelência de seu lirismo como, principalmente, pelo modernismo avançado de sua técnica na combinação do harmônico e do dissonante e na maestria com que, sob uma superfície enganadora de simplicidade, multiplica os sentidos das palavras que emprega para transmitir a violenta oposição de seus sentimentos e conceitos. A ousadia de suas metáforas intensifica e amplia as imagens centrais de seus poemas.

É necessário destacar três outros escritores desta primeira fase de literatura norte-americana autêntica: Washington Irving (1783-1859), James Fenimore Cooper (1789-1851) e o grande poeta Walt Whintman (1819-1892)

Washington Irving é o iniciador do conto americano e da descrição de tipos regionais, inserindo-se por seu humor, como Mark Twain, na tradição de Goldsmith, mas, por seu estilo gracioso e humorístico. Transforma o conto gótico ao introduzir o humor que torna o terror altamente divertido. Escreveu “Rip Van Winkle” e “The legend of Sleepy Hollow”.

James Fenimore Cooper é, por sua vez, o criador das descrições de cenas norte-americanas e dos acontecimentos e personalidades locais. Seus romances estão centralizados no heroísmo de Natty Bumpo: as principais obras pertencem ao ciclo de Leatherstocking” (“The Deerslayer”, “The Last of the Mohicans”, “The Pathfinder”, “The Pionees” e “The Prairie”). Nunca será demais ressaltar a contribuição de Cooper na emancipação da literatura norte-americana. 
 
Walt Whintman é contemporâneo de Emily Dickinson. Caracterizado pelo individualismo sbjetivo,pelo misticismo, pelo sentimento nacionalista e pelo culto do homem comum, Walt Whintman é um emancipador poético, ou, como o expressou Burroughs, “sua obra apresenta a força de dissolver barreiras em vez de erguê-las, dissolver formas, escapar de fronteiras estreitas, colocar o leitor numa colina e não numa esquina”. O manifesto de Whitman em seu livro “The Leaves of Grass” proclama as linhas básicas de seu romantismo. É impressionante a riqueza de imagens (inclusive as não poéticas), sons e símbolos colocadas nos poemas segundo a enumeração caótica.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 85/86.
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