quarta-feira, 13 de junho de 2012

Literatura Ocidental - Parte 32.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 32

LITERATURA INGLESA


Época vitoriana (1840-1870)

De uma maneira geral, a época vitoriana ampliou a força política da classe burguesa ao incluir também a camada média da população e, paralelamente, aguçou os sofrimentos das classes trabalhadoras. Houve, ainda, um reavivamento da religião e a emancipação do catolicismo nesta época de progresso científico e de expansão do imperialismo britânico. Literariamente, ocorreu a tomada de consciência quanto ao decadentismo romântico e a reação muito contribuiu para o florescimento literário notável subsequente. A forma literária característica da época vitoriana é o romance. 

O grande poeta do período é Lord Alfred Tennyson (1809-1892). Tennyson sobrevive em suas obras: Ulysses, Morte D'Arthur e The Lotus Eaters. Embora musicalmente magníficos, seus versos apresentam certa superficialidade e excesso de ornatos que empobrecem seu julgamento atual. O casal Browning – Robert Browning (1812-1889) e Elizabeth Barret Browning (1809-1861) – lideram a chamada escola pré-rafaelista que se caracteriza pela tendência à descrição minusciosa das cenas. Robert Browning escreveu o excelente poema dramático denominado Pippa Passes a obra-prima da literatura inglesa The Ring and the Book. Elizabet Barret Browning demonstra sua notável capacidade poética com seu livro “Poems”, no qual se encontram os imortais “Sonnets from the Portuguese”.

O gosto pelos romances muito devem pelo aparecimento e popularidade das grandes revistas as quais estão ligados os escritores da época. Charles Dickens (1812-1870) publicou em 1833 um conto de sua autoria no Monthly Magazine e, nesta revista e no Evening Chronicle, publicou a seguir diversos textos e romances em fascículos mensais, como “Shetches by Boz”, “Oliver Twist” e outros. Mais tarde, Dickens torna-se editor da revista Household Words (1849) e adquire maturidade de romancista. Deste escritor de enredos complicados e de sentimentalismo ingênuo que pretende alcançar a justiça social através da caridade devem ser citadas obras como “David Copperfield”, “Bleak House”. A Tale of two lities, “Little Darrit” e “Great Expectations”. Outro romancista que foi também editor é William Makepeace Thackeray (1811-1870), o qual se diferencia de Dickens por sua recusa do ingênuo sentimentalismo e porque não idealiza os personagens. William M. Thackeray é o autor de “Vanity Fair, A Novel without a Hero”, no qual aparece claramente o contexto social da época vitoriana através do comportamento dos personagens que apresenta.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 76/77.

Visite também:

Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...