quarta-feira, 23 de maio de 2012

Literatura Ocidental - Parte 29.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 29

LITERATURA INGLESA

Daniel Defoe e Jonathan Swif (1661-1731; 1667-1745) pertencem ao aparecimento do moderno romance. Defoe destaca-se em seus romances Robinson Crusoe, Moll Flanders e A Peste de Londres pela vivacidade de estilo quase jornalístico, pelo otimismo em que o homem através da inteligência é capaz de completo domínio sobre a natureza e vigor estilístico. Swift é, certamente, o maior prosador satírico da literatura inglesa e mestre notável de clareza de exposição e de argumento. Escreve Jonathan Swift as famosas Viagens de Gulliver, originalmente denominadas “Travels into Several Remote Nations of the World by Lemuel Gulliver”, em que ironiza acremente as loucuras, o animalesco, a falsidade da educação, a opressão, a política e demais aspectos encontrados no mundo humano. Viagens de Gulliver são exemplos magníficos da chamada observação microscópica na técnica narrativa e descritiva. Ambos os escritores, Defoe e Swift, marcam a passagem da narração mais ou menos alegórica ou satírica ao moderno romance de costumes.

Continuam a tradição dos autores de Robinson Crusoe e Viagens de Gulliver um grupo de escritores, cujos romances apresentam centralização sobre o indivíduo em sua unicidade não abstratamente transmissível: Samuel Richardson (1698-1761), Henry Fielding (1707-1754), Tobias Smollet (1721-1771), Lawrence Stern (1713-1768), Oliver Goldsmith e Horace Walpole (1717-1797). Richardson é considerado o primeiro romancista que, ao lado do sentimentalismo, emprega a análise psicológica e, portanto, o romance de personagens: sua obra principal é “Pamela”: or, Virtue Rewarded” – simultaneamente realista na forma e idealista no plano geral e no propósito moral. Henry Fielding, autor do primeiro grande romance de língua inglesa: “The History of Tom Jones, a Foundling”, distingue-se pela vivacidade de diálogos, pela vigorosa narrativa, pelo realismo psicológico e por uma básica simpatia em relação aos seres humanos. Tobias Smollet é o criador do romance náutico bem representado por sua obra “The Adventures of Roderick Random”, caracterizada pela atitude irônica de narração. Lawrence Sterne combina agradavelmente humor e sentimento em suas duas obras principais: “The Life and Opinions of Tristan Shandy. Gent” e “A Sentimental Journey through France and Italy, by Mr. Yorick”. Tanto “Tristan Shandy” quanto A Sentimental Journey” apresentam traços excelentes de prosa colorida e rítmica, assim como simplicidade descritiva dos fatos cotidianos em seus aspectos sentimentais e humorísticos. Goldsmith escreveu o célebre “The Vicar of Wakefield” no qual une uma ingênua visão de vida idílica a uma prática sabedoria e forte senso comum. Horace Walpole inaugura o romance supernatural e aterrorizante conhecido como romance gótico; é autor de “The Castle of Otranto”, conto falsamente medieval que, talvez, inaugure também as modernas histórias de detetives.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 72/73.

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Um comentário:

chica disse...

Muito boa a pesquisa, sempre nos trazendo cultura! Isso faz falta! abração, só venho aqui quando posso ler com calma, por isso demoro! abração,chica,lindo dia!

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