quarta-feira, 14 de março de 2012

Literatura Ocidental - Parte 23.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 23

LITERATURA FRANCESA

(Continuação do post anterior)

A nova poesia francesa demonstra o prolongamento das experiências sofridas durante a ocupação da França pelas hordas do nazi-fascismo e a predominância dos ideais marxistas. Exemplificam os primeiros aspectos os conjuntos poéticos de “L'Incendie”, de Romain Weingarten, e “Seul et le Corps”, de Jean Laude; é bem representativo do clima poético de inspiração marxista o poema épico de Édouard Glissant intitulado “Les Indes”, panorama artístico da evolução social através da dialética do senhor e do escravo que se processa dolorosa e dramaticamente pelos séculos até mostrar o rumo do futuro da fraternidade humana concretamente alcançada. Em “Épiphanies” ou em “Nucléa”, ambos de Henri Pichette, observa-se a dramaticidade histórica como refletida pela angustia interior de um poeta em compromisso total. A dialética interioriza-se e identifica-se à poesia sob forma épica na criação de Yves Bonnefoy: “Du mouvement et de I'immobilité de Douve”.

Resta apontar a renovação teatral francesa em seu desenvolvimento e alcance do antiteatro, o que atinge significação artística em Eugène Ionesco e em Samuel Beckett.

Samuel Beckett (1906) reúne-se com sua produção às maiores expressões do século literário: Kafka, James Joyce e Sartre em “La Nausée”. Beckett dedicou-se ao romance com “Malone Meurt”, “Molloy”, “L'Innommable” e “Nouvelles et Textes por rien”, mas atinge o clímax de sua criatividade com as peças teatrais: “En attendant Godot” e “Fin de Partie”. Em Beckett o patético reúne-se ao desespero e o humor ao trágico e as duas realidades confluem na criação de intensa náusea perante a inexistência assim reduzida.

Eugène Ionesco é o dramaturgo de “Victimes du devoir”, “La Cantatrice chauve”, “La Leçon” “Les chaises” e “Amédée ou Comment s'endébarrasser”. Em sua temática são constantes: o caráter gratuito da linguagem, a consequente incomunicabilidade, a irremediavelmente indissolúvel união do trágico ao cômico, o caráter incompreensível da realidade.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, página 64.

AGUARDEM!

No próximo post teremos a Literatura Inglesa.

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4 comentários:

chica disse...

Hoje finalmente tive tempinho pra acompanhar desde que havia perdido. Muito bom ,cultura faz bem sempre! abração,chica

Maria Rodrigues disse...

Meu amigo aqui respira-se cultura, obrigado por mais esta aula de história.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria

Sandra disse...

Hoje é domingo e venho lhe fazer uma visita bem especial. Agora só posso visitar os amigos nos finais de semana. Tenho um pouco mais de tempo.

Gosto das Pessoas que são Gente muito Espciais.

"Gosto de Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama animais.
Admira paisagens, poesia e mares.

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras,
compartilhar vivências e dar espaço para emoções dentro de si,
emoções que fluem naturalmente dentro de seu ser".

Um grande abraço bem Especial para Ti.
Sandra

chris disse...

Olá
Nesta segunda-feira! Desejo-lhe uma semana muito agradável!
Me desculpe se eu não ir muitas vezes, falta um pouco de tempo, no início da primavera, e muitas coisas para fazer no meu gramado!
Então eu não alongar muito sobre a Internet.
Mas eu quero te agradecer por sua fidelidade ao meu blog! eu gosto muito
bom dia
Atenciosamente
Chris
e meu pequeno presente
http://nsm01.casimages.com/img/2009/03/31//090331034552505743404066.jpg

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