quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Literatura Ocidental - Parte 17.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 17

LITERATURA FRANCESA

(Continuação do post anterior)

O romance adquire progressivamente maior aceitação popular e grandes nomes da literatura satisfazem a essa procura, como Pierre Loti (Julian Viand – 1850-1923) e Anatole France (Anatole Thibault – 1844-1924). Num plano inferior e burguês encontramos o romancista Paul Bourget (1852-1935), que do materialismo é convertido ao tradicionalismo religioso e até ao monarquismo, autor de “Le Disciple” e de “Le Sens de la Mort”; ao lado de Bourget e seguindo-lhe a inspiração burguesa encontramos Abel Hermant, René Bazin, Marcel Prévost e Henri Bourdeaux.

Pierre Loti é o escritor do sentimento profundo da inevitabilidade da morte e o transmite numa prosa plena de melancolia e sensualidade. As principais obras de Loti são: “Aziyadé”, “Mon Frère Yves”, “Pêcheur d'Islande”, “Ramuntcho” e “Les Désenchantées”, romances, geralmente, constituídos por transposições de seu íntimo e, sem exceção, particularizados pelo colorido e pelo nível poético das descrições. Anatole France é o romancista e crítico que, amargurado e pessimista, luta com ironia e sutileza pelo valor máximo da liberdade e da justiça num mundo dominado pelos absurdos trágicos da existência. Anatole escreveu “L'Orme du Mal”, “Le jardin d'Épicure”, “L'Affaire Crainquebille”, “L'Ile des Pingouins”, “La Révolte des Anges” e “Les Dieux ont Soif”.

Época moderna (1914 a nossos dias)

A época moderna pode ser iniciada com um poeta inegavelmente simbolista, Paul Valéry (1871-1945). Este poeta de imensa lucidez é o autor de “La Jeune Parque” e de “Charmes”, coleção de seus poemas da maturidade; é também o importante crítico de “Variété” e de influentes reflexões. Poderia a época ser iniciada por Charles Péguy (1873-1914) ou, ainda, com Barrès (1862-1923). Péguy é um fenômeno solitário e original na época simbolista e expressão de uma tendência humanista, espiritualista e socialista que permanece atuante no modernismo. Maurice Barrès representa um momento da consciência nacional francesa; inicialmente, individualista e esteticista, define com sua trilogia “Le Culte du Moi” o aprofundamento de seu nacionalismo de valores pessoais.

A época moderna da literatura francesa é caracterizada pelos grandes problemas e questões sociais do século e do aparecimento das gigantescas coletividades. A coexistência das três únicas correntes filosóficas atuais – o marxismo, o existencialismo e o neocristianismo – e o conhecimento do freudismo marcam vigorosamente o pensamento atual. As modificações motivadas violentamente por duas guerras mundiais e pelo agravamento das tensões sociais dão o quadro histórico exato das inquietudes experimentadas pela humanidade e refletidas na literatura. A participação política é intensificada, seja nos Maquis que lutam pela libertação da França, seja na aristocracia e direitista Action Française de Charles Maurras (1868-1952), seja no partido comunista francês, seja na unificação socialista de Jean Jaurès (1859-1914), seja ainda no Rassemblement Démocratique Revolutionnaire e em “Temps Modernes” de J. P. Sartre (1905). O próprio público é separado em campos paralelos mais ou menos definíveis pelos movimentos políticos, pelas revistas ou pelas editoras. A crítica em revistas que apresentavam visões de conjunto da vida literária (“Revue des Deux Mondes”, N.R.F. Etc.), são substituídas por publicações que refletem as doutrinas de grupos(“Nouvelle N.R.F.”, “Gazette des Lettres”, “Table Ronde”, “Mercure de France” etc.).

(Continua no próximo post.)

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 55/56.

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3 comentários:

Linasolopoesie disse...

CIAO CARO AMICO ROSEMILDO .
L'argomento da te posto è così ampio che a volere costruire solo una cronologia, senza tralasciare nulla a partire dalle culture più antiche, che abbiano lasciato una traccia letteraria, a oggi, ci vorrebbe centinaia di pagine per che ama davvero la letteratura . CIAO LINA

Maria Rodrigues disse...

Meu amigo o seu blog dá-nos verdadeiras aulas de cultura, excelente.
Boa semana
Beijinhos
Maria

Evanir disse...

Tenho sido abençoada com sua presença em minha vida
com seu carinho no meu blog.
Hoje venho desejar uma semana abençoada
e deixar meu eterno agradecimento.
Nunca esqueça leio sua postagem e trago comigo no
meu coração.
Hoje ñ estou conseguindo digitar.
EU vou continuar te seguindo e te amando sempre.
Aceite meu beijo no coração e meu carinho
na sua alma.
Evanir..

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