quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Literatura Ocidental - Parte 21.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 21

LITERATURA FRANCESA

(Continuação do post anterior)

Outros romancistas franceses do atual século podem ser destacados , como André Malraux (1901), George Duhamel (1884), Louis Aragon, Romain Rolland (1866-1944), Jules Romains (1885), e, sobretudo, Marcel Proust (1871-1922) que auxiliaram e influenciaram a atual geração de após Segunda Guerra Mundial. Malraux apresenta o homem envolvido pelo movimento da história e do destino, do universo e da sociedade e afirma o valor da camaradagem viril em seu romance-reportagem “Lespoir” e também em “La Voie Royale” e “La Condition Humaine ou em “Les Noyeurs d'Altenburg”. George Duhamel apresenta os sentimentos sociais num otimismo aparente que oculta um real desencanto. Duhamel é autor de dois ciclos romanesco: “Salavin” (que inclui “La Confession de Minuit”, “Deus Hommes”, Journal de Salavin”,”Le Club des Lyonnais”, “Tel qu'en lui-même”) e “Pasquier” (visão de uma família e da sociedade; composto em dez volumes). Louis Aragon, após aderir ao comunismo tentou justificar o realismo soviético ao escrever dois ciclos de romances: “Le Monde Réel”, composto pela trilogia “Les Cloches de Bâle”, “Les Beaux Quartiers” e “Les Voyageurs de I'Impériale”, e o ciclo “Les Comunistes”. Romain Rolland é o idealista e cultor dos heróis que obteve grande sucesso com seu monumental ”Jean-Christophe” composto com a perfeição de uma sinfonia.

Marcel Proust é a segunda influência literária manifestada no século. Sua coleção “A la Recherche du Temps Perdu” inclui “Du Côté de chez Swann”, “A I'ombre des jeunes filles em fleurs”, “Le Côté de Guermantes”, “Sodome et Gomorrhe”, “La Prisonière”, “Albertine Disparue” e “Le Temps Retrouvé”. Proust é o escritor da temporalidade escrevendo sua ação destruidora implacavelmente sobre o homem, ao qual resta apenas tentar a recuperação do passado no presente, ainda que fugitivamente, através da paciente análise descritiva da infância, da sociedade e do processo da paixão amorosa.

Simone de Beauvoir é a autora de um importante romance “L'Invitée” – no qual a apresentação psicológica dos personagens é realizada não por análises descritivas, mas pela apreensão imediata através dos atos em processo. Os primeiros ensaios de Simone divulgam o existencialismo sartriano em suas primeiras formulações – “Pyrrhus et Anéas” e “Pour une morale d'ambiguité” –; a amplitude alcançada por este pensamento filosófico com a abertura de perspectivas sociais e consequente transformação em marxistencialismo informam a outra significativa criação literária de Simone de Beauvoir, “Deuxième Sexe”.

Autor de extrema singularidade pela agressividade do diálogo estabelecido com o leitor e pelo paradoxal nível poético é Jean Genet (1909). Em sua produção, simultaneamente fascinante e repulsiva, mas de inegável transfiguração artística e de expressão definida como “um mode mosical nouveau”, são criações mais importantes: “Notre-Dame-de-Fleurs”, “Miracle de la Rose”, “Querelle de Breste” e “Journal du Voleur”.

A novíssima renovação do romance francês continua principalmente com o estilo de inspiração católico-personalista e com o chamado “nouveau roman”.

Continua no próximo post.)

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 61/62.

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Literatura Ocidental - Parte 20.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 20

LITERATURA FRANCESA

(Continuação do post anterior)

Jean-Paul Sartre é simultaneamente o rigoroso filósofo da atualidade, o dramaturgo vigoroso, o ensaísta corajoso e original e aquele que procura unir o pensamento e a ação no mundo moderno. Como autor do sistema filosófico do século – o “marxistencialismo” – Sartre publicou “L'Étre et le Néant” (“Essai d'Antologie Phénoménologique”, “L'Imaginaire” (“Psychologie Phénoménologique de I'Imagination”) e “Critique de la Raison Dialectique” (por enquanto, o tomo I “Théorie des Ensembles Pratique”. Como ensaísta de literatura e de política, escreveu “L'Existencialisme est un humanisme”, vulgarização de sua filosofia aparecida em “L'Étre et le Néant” e reconhecida pelo autor como super-simplificada; “Descartes”; “Qu'est-ce que la Literature”; Situations I, II, III; “Entretiens sur la Politique” em colaboração com David Rousset e Gérard Rosenthal. Como autor teatral compôs as peças “Les Mouches”, “Les Mains Sales”, “Huis Clos”, “Le Diable et le Bon Dieu”, “La Putaine Respecteuse”, “Kean”, “Nekrassov”, “Morts sans Sépulture” e “Les Sequestrés d'Altona” e, ainda, os cenários “Les Jeux sont Faits” e “L'Engrenage”.

Como homem de ação diante dos problemas do mundo real exacerbados pelas realidades históricas em processo, Sartre funda um partido político e uma revista. O partido “Rassemblement Démocratique Revolutionnaire” de efêmera existência foi fundado em 1945 por Sartre e por David Rousset e Gérard Rosenthal. A revista fundada por Sartre é “Temps Modernes” e tem o objetivo de registrar o protesto dos intelectuais e documentar a atualidade mundial.

Em prosa, Jean-Paul Sartre escreveu “La Nausée”; os cinco contos de “Le Mur”, dos quais o mais significativo é “L'Infance d'un Chef”, “Les Chemins de la Liberté” (“L'Age de Raison”, “Le Sursis”, “La Mort dans I'âme” e os fragmentos intitulados “Drôle d'Amitié” que estarão no tomo IV “La Dernière Chance”); e “Les Mots”.

A coerente temática de Sartre na literatura pode ser entrevista nas seguintes constantes: vontade de encerrar o homem no homem; sinceridade e lucidez; solidão, liberdade e responsabilidade humanas; as ambiguidades; a sistemática recusa de álibis e de guias na orientação existencial; a justificação ou não dos atos; o caráter trágico da vida; a inevitável união entre os homens e os fenômenos coletivos; a angustia de existir, de “estar-aí-no-mundo”; a facticidade e a necessidade de constante opção pessoal; a liberdade comprometida em projeto; o projeto sempre renovado e assumido; o caráter interiorizado da autêntica justificação; o caráter original dos destinos pessoais; a solidariedade humana como fato e não como valor; o homem não como incondicionado pelo passado e sim pela totalidade do que ainda não é, pois não é uma realidade em si e sim definido pelo futuro como o revela o projeto; e outras consequências do sistema filosófico lúcido e renovador de Sartre.

Continua no próximo post.)

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 60/61.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Literatura Ocidental - Parte 19.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 19

LITERATURA FRANCESA

(Continuação do post anterior)

Com os dois últimos dramaturgos citados – Albert Camus e Sartre – iniciamos o estudo também dos romances franceses modernos. O romance subitamente hipertrofia-se abandonando a relativa fixidez que apresentava até o simbolismo para seguir deliberadamente o campo do ensaio, do diário, da poesia, da filosofia e do pensamento político. Os grandes romancistas podem ser representados pelo excelentes André Gide (1869)1951), François Mauriac (1885), Georges Bernanos (1888-1948), Julien Green (1900), além de Camus e Jean-Paul Sartre.

André Gide é o autor da prosa lírica de “Nourritures Terrestres”, da quase autobiografia “L'Immoraliste” e de “La Porte Étroite” e “Le Faux-Monnayeurs”. Gide é o escritor completamente dedicado à sinceridade cotidianamente exercida e posta à reformulação constante. Anuncia a atual geração de romancistas à procura dos valores autênticos através da liberdade e da lucidez do ser humano autossuficiente que assume a atitude de disponibilidade e de encontro do mundo através de perplexidades. Gide é bem aquele que colocou questões sem se convencer com quaisquer respostas, ou em suas palavras: “Je suis un être de dialogue et non point d'afirmation”.

François Mauriac escreve “Le Désert de l'Amour”, “Genitrix” e “Thérèse Desqueyroix”, nas quais, com plasticidade de expressão e num modernismo clássico e cristão, apresenta o ser humano alterados por forças oriundas do inconsciente e que, na sua essencial procura de Deus, experimenta os conflitos entre a natureza e a Graça, entre o pecado e a fé.

As forças irracionais estão também presentes na temática de Julien Green, autor das obras “Les Visionnaires”, “Minuit” e “L'Année” – nas quais procura equilíbrio espiritual, e de “Journal” – quando retorna ao catolicismo. A obsessão da morte, o real no qual se insere o sonho e a alucinação, a irremediável solidão dos seres – temas constantes de Julien Green e que atestam a persistência da sua inquietude perante o destino – retornam em sua última obra “Moïra”.

Georges Bernanos é o autor de “Sous le Soleil de Satan”, “L'Imposture”, “La Joie”, “Le Journal d'un Curé de Campagne” e de “Les Grands Cimetières sous la Lune”. Nas obras de Bernanos aparece o moderno ser humano entregue ao combate e à aventura e que o autor estimula ao heroísmo cristão de virtudes e de plenitude vital. Com vigor dramático luta contra o farisaísmo da falsa segurança religiosa e une a graça não à submissão, mas ao “escândalo” transmitindo todo o trágico, a angustia e o absurdo que surgem à criatura irremediavelmente colocada ao meio da tensão entre a solidão e a responsabilidade. Albert Camus é o autor de “L'Étranger” e “La Peste”, de “Le Mythe de Sisyphe”, da peça teatral “Caligula” e também de “L'État de Siège” e “Justes”. As obras que antecedem “La Peste” são estruturadas com lirismo romântico (como a inicial “Noces”) e melhor transmitem as experiências do homem solitário. Na temática literária de Camus podem ser destacadas as seguintes constantes: o horror a toda ideologia que substitua as realidades vivas pelas ideias mortas; a mística da felicidade sensível; a persistente colocação de todas as realidades em termos humanos; o ateísmo espontâneo; o romantismo de atos; o moral da quantidade; a condenação do “suicídio do corpo” bem como do “suicídio da alma”; a procura da santidade no ateísmo; a felicidade a partir e dentro do absurdo da vida; e a solidariedade e ternuras humanas.

Continua no próximo post.)

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 58/59.

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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Literatura Ocidental - Parte 18.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 18

LITERATURA FRANCESA

(Continuação do post anterior)

A poesia deixa de ser gênero popular. O único sucesso popular – Paul Géraldy ao publicar “Toi et Moi” – não é, sob o ponto de vista crítico, reconhecido como autêntica. Os grandes poemas raramente atingem o público e retiram-se para as páginas restritas e especializadas de revistas. Os grandes poetas – Guillaume Apollinaire (1880-1918), Saint-John Perse (1887), Jean Cocteau (1892-1963), Paul Éluard (1895-1952) e Louis Aragon (1897) ou aqueles de certa importância – Charles Vildrac (1882), Pierre Mac Orlan (1883), Marie Noël (1883), Jules Supervielle (1884-1960), Blaise Cendrars (1887-1961) e Pierre Reverdy (1889-1960) – são nomes conhecidos, mas, pouco lidos. Os movimentos de revolução nos conceitos poéticos (o “dadaisme” de Tristan Tzara, o surrealismo de André Breton, o musicismo de Jean Royere etc.) apenas reforçaram a impressão popular da poesia como atividade secreta, marginalizada e confidencial atingível apenas por uma elite altamente restrita. Guillaume Apollinaire ao publicar a conferência manifesto – “L'esprit Nouveau” deu as linhas mestras da poesia moderna e com sua obra poética (“Calligrammes”, “Alcools” e “Ombre de mon Amour”) inovou o verso aproximando-o do surrealismo e do cubismo de justaposição caótica. Este modernista de fundo romântico é também o autor da prosa poética “L'Enchanteur Pourrissant” e dos contos “L'Hérésiarque et Cie”. Saint-John Perse, pseudônimo literário de Alexis Léger, é o poeta de “Eloges”, “Anabase”, “Exil”, “Vents” e “Amers” de ressonâncias cósmicas e com emprego do verseto à Claudel. Jean Cocteau dedicou-se a vários movimentos modernistas ao escrever “Le Cap de Bonne-Espérance”, “Vocabulaire”, “Plain-Chant” e “Ópera”. Paul Éluard, cuja poesia é um movimento oscilante entre a realidade e o sonho e que elabora a comunhão e a harmonia na simplicidade de seu estilo, escreveu “Capitale de la Douleur”, “L'Amour à la Poésie”, “La Vie Immédiate”, “La Rose Publique” e “Les Yeux Fertiles”. Louis Aragon inicialmente pertenceu ao grupo Dada, após 1930 aderiu ao surrealismo e, posteriormente, abraçou o comunismo. “Le Mouvement Perpétuel” é composição poética de primeira fase, “Hourra l'Oural” da última e nesta, apresenta domínio do ritmo e da criação imagística.

Ao contrário do que ocorre com a poesia, o teatro readquire prestigio popular. O sucesso de autores teatrais, como Sacha Guitry (1885-1957), Jules Romains (1885), Charles Vildrac (1882), Jean Giraudoux (1882-1944), Jean Anouill (1910), Edmond Rostan (1869-1918) ou Albert Camus (1913-1963) e Jean-Paul Sartre (1905), retiram as peças teatrais do círculo restrito em que se mantinham as anteriores.

Sacha Guitry é autor de comédias ligeiras – como “La Jalousie”, “Faisons d'un Rêve”, “Mon Père avait Raison”, “Désiré” ou “Quadrille” – e de fantasias históricas – como “Jean de la Fontaine”, “Pasteur” e “Mozart”. O notável de Sacha Guitry é o manejo do paradoxo e a habilidade e facilidade de comunicação com o público. Jules Romains obtém sucesso com as comédias satíricas “Knock” e “Donogoo”, construídas em torno de caricaturas e objetivando sutilmente uma moralidade. Charles Vildrac, com sensibilidade e poesia, obtém êxito com “Le Paquebot Tenacity”, “Michel Auclair”, “Madame Béliard” e, sobretudo, com “Le Pélerin” e “La Brouille” – peças de teatro intimistas. Jean Giraudoux ao compor “Intermezzo” e “Electre” revela sua preocupação fundamental com graves problemas e as verdades eternas numa prosa de perfeição excepcional. Jean Anouill, autor de “Le Voyageur sans Bagage” e de “Le Sauvage”, ´e o dramaturgo da rebeldia e da violência de emoção que se dedica à aspiração da pureza. Edmond Rostand é o dramaturgo-poeta de “Cyrano de Bergerac”, comédia-heroica escrita em versos e que, por seu lirismo, filia-se a um teatro neo-romântico.

(Continua no próximo post.)

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 56/58.

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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Literatura Ocidental - Parte 17.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 17

LITERATURA FRANCESA

(Continuação do post anterior)

O romance adquire progressivamente maior aceitação popular e grandes nomes da literatura satisfazem a essa procura, como Pierre Loti (Julian Viand – 1850-1923) e Anatole France (Anatole Thibault – 1844-1924). Num plano inferior e burguês encontramos o romancista Paul Bourget (1852-1935), que do materialismo é convertido ao tradicionalismo religioso e até ao monarquismo, autor de “Le Disciple” e de “Le Sens de la Mort”; ao lado de Bourget e seguindo-lhe a inspiração burguesa encontramos Abel Hermant, René Bazin, Marcel Prévost e Henri Bourdeaux.

Pierre Loti é o escritor do sentimento profundo da inevitabilidade da morte e o transmite numa prosa plena de melancolia e sensualidade. As principais obras de Loti são: “Aziyadé”, “Mon Frère Yves”, “Pêcheur d'Islande”, “Ramuntcho” e “Les Désenchantées”, romances, geralmente, constituídos por transposições de seu íntimo e, sem exceção, particularizados pelo colorido e pelo nível poético das descrições. Anatole France é o romancista e crítico que, amargurado e pessimista, luta com ironia e sutileza pelo valor máximo da liberdade e da justiça num mundo dominado pelos absurdos trágicos da existência. Anatole escreveu “L'Orme du Mal”, “Le jardin d'Épicure”, “L'Affaire Crainquebille”, “L'Ile des Pingouins”, “La Révolte des Anges” e “Les Dieux ont Soif”.

Época moderna (1914 a nossos dias)

A época moderna pode ser iniciada com um poeta inegavelmente simbolista, Paul Valéry (1871-1945). Este poeta de imensa lucidez é o autor de “La Jeune Parque” e de “Charmes”, coleção de seus poemas da maturidade; é também o importante crítico de “Variété” e de influentes reflexões. Poderia a época ser iniciada por Charles Péguy (1873-1914) ou, ainda, com Barrès (1862-1923). Péguy é um fenômeno solitário e original na época simbolista e expressão de uma tendência humanista, espiritualista e socialista que permanece atuante no modernismo. Maurice Barrès representa um momento da consciência nacional francesa; inicialmente, individualista e esteticista, define com sua trilogia “Le Culte du Moi” o aprofundamento de seu nacionalismo de valores pessoais.

A época moderna da literatura francesa é caracterizada pelos grandes problemas e questões sociais do século e do aparecimento das gigantescas coletividades. A coexistência das três únicas correntes filosóficas atuais – o marxismo, o existencialismo e o neocristianismo – e o conhecimento do freudismo marcam vigorosamente o pensamento atual. As modificações motivadas violentamente por duas guerras mundiais e pelo agravamento das tensões sociais dão o quadro histórico exato das inquietudes experimentadas pela humanidade e refletidas na literatura. A participação política é intensificada, seja nos Maquis que lutam pela libertação da França, seja na aristocracia e direitista Action Française de Charles Maurras (1868-1952), seja no partido comunista francês, seja na unificação socialista de Jean Jaurès (1859-1914), seja ainda no Rassemblement Démocratique Revolutionnaire e em “Temps Modernes” de J. P. Sartre (1905). O próprio público é separado em campos paralelos mais ou menos definíveis pelos movimentos políticos, pelas revistas ou pelas editoras. A crítica em revistas que apresentavam visões de conjunto da vida literária (“Revue des Deux Mondes”, N.R.F. Etc.), são substituídas por publicações que refletem as doutrinas de grupos(“Nouvelle N.R.F.”, “Gazette des Lettres”, “Table Ronde”, “Mercure de France” etc.).

(Continua no próximo post.)

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 55/56.

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